Fonte: Ascom/Consea, com informações do IBGE - Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 2016
Fonte: http://goo.gl/Fx2Oy2
Dados divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os preços de alimentos e bebidas tiveram alta de 2,28% em janeiro deste ano. Desde dezembro de 2002, quando o grupo Alimentação e Bebidas atingiu 3,91%, não havia registro de taxa mais elevada do que os 2,28% deste mês. Considerando os últimos doze meses, os preços dos alimentos registram aumento de 12,9%.
Vários alimentos mostraram crescimento de preços de dezembro para janeiro, sendo que alguns aumentos foram expressivos, como a cenoura (32,64%), o tomate (27,27%), a cebola (22,05%) e a batata-inglesa (14,78%).
Atento à variação do preços dos alimentos, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) vem discutindo as consequências no campo da soberania e segurança alimentar e nutricional do Brasil. Em maio de 2008, o Conselho enviou um documento ao Poder Executivo, no qual já demonstrava preocupação com os impactos das mudanças climáticas na produção de alimentos e a destinação de terras para a produção de agrocombustíveis diante do aumento da demanda por alimentos nos países emergentes. Entre as soluções, o conselho apontava o fortalecimento da agricultura familiar, da piscicultura e da pesca artesanal.
Em maio de 2011, o Consea debateu novamente sobre a volatilidade dos preços dos alimentos e a realização do direito humano à alimentação adequada e saudável no Brasil e no mundo. O Conselho reafirmou mais uma vez a importância do fortalecimento da agricultura familiar agroecológica por meio de acesso aos mercados locais. Sugeriu também o realinhamento dos valores transferidos pelo Programa Bolsa Família com base na inflação devido aos aumentos do custo da cesta básica.
Levando em consideração o desenvolvimento mais justo e sustentável do país, o Consea encaminhou novas propostas ao Executivo em maio de 2013 . Entre elas, estão a criação de um mecanismo de monitoramento dos preços de alimentos de âmbito nacional e com indicadores descentralizados, que considere o comportamento dos preços de produtos da sociobiodiversidade, orgânicos e agroecológicos nos ambientes urbano e rural e nas feiras; a regulamentação dos mercados em todas as etapas da cadeia agroalimentar e a ampliação da cooperação internacional para o fortalecimento das estratégias regionais de abastecimento alimentar, especialmente nos países da América do Sul.
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