sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Mudanças nos preços diminuem a venda de bebidas açucaradas e refrigerantes no México

Fonte: Instituto Nacional de Salud Pública - Tradução RedeNutri - Sexta-feira, 05 de Fevereiro de 2016 


Pesquisadores do INSP publicam resultados sobre estimativas de possíveis mudanças no consumo de bebidas açucaradas e refrigerantes ante o aumento em seus preços.

O artigo “Price elasticity of the demand for sugar sweetened beverages and soft drinks in Mexico”, publicado na Revista Economics and Human Biology por um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública, liderados pela Dra. Arantxa Colchero, apresenta os resultados de modelos econômicos que permitem estimar como o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas muda de acordo com as mudanças em seus preços.

Estimativas feitas por Colchero e colaboradores, mostram a intensidade com que os compradores respondem a variação de preço de -1,06 para os refrigerantes e -1,16 para as demais bebidas açucaradas. Em outras palavras, um aumento de 10% nos preços dessas bebidas está associado com uma redução no consumo de 10,6% para refrigerantes e 11,6% para bebidas açucaradas. Entre os resultados também é destacado que um aumento no preço de refrigerantes está associado com aumento do consumo de água, leite, sanduíches e açúcar, bem como uma diminuição no consumo de bebidas açucaradas, como sucos de caixinha ou concentrados, drinks com sucos, águas saborizadas e bebidas energéticas. Vale ressaltar que as mais altas variações estavam entre as famílias que vivem em áreas rurais, com maior taxa de marginalização e com rendimentos mais baixos.

Para realizar a análise, os autores desenvolveram um sistema de demanda linear para alimentos e bebidas com alta densidade de energia, dividido em 8 categorias:

1) Refrigerantes (incluindo diets e de baixa caloria);

2) Outras bebidas açucaradas (sucos de frutas de caixinha ou concentrados, drinks com sucos, águas saborizadas e bebidas energéticas);

3) Água engarrafada (natural e mineral);

4) Leite;

5) Doces;

6) lanches ou petiscos

7) açúcar;

8) petiscos tradicionais mexicanos. 

Além disso, a "Encuesta Nacional de Ingresos y Gastos de los Hogares del Instituto Nacional de Estadística y Geografía" (INEGI), obteve dados sociodemográficos como renda familiar e gastos e preços de diferentes tipos de bebidas consumidas. Com esses dados foram calculados e cruzadas as variações para o preço dos refrigerantes e outras bebidas açucaradas e estes modelos se estratificam por nível de renda e desigualdade social. Os resultados deste estudo permitem avaliar a viabilidade de se tributar bebidas açucaradas quando o consumo potencial das famílias diminui ante alterações nos preços.

Veja o artigo "Price elasticity of the demand for sugar sweetened beverages and soft drinks in Mexico" clicando aqui!

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