O incômodo causado pelo entupimento das narinas faz com que quem sofre do problema acabe recorrendo ao uso de descongestionantes nasais, que proporcionam alívio imediato. Como estão disponíveis para venda livremente em farmácias, sem a necessidade de receita médica, esse tipo de medicamento pode parecer inofensivo, mas sua utilização de maneira incorreta pode causar efeitos colaterais indesejáveis, como dependência.
De acordo com o médico alergista Diener Frozi, responsável pelo projeto “Viva Sem Alergia”, os descongestionantes são úteis para quando os vasos sanguíneos dilatam, como por exemplo em uma reação a ácaros, fungos e poeira. Em casos assim, pingar algumas gotas do líquido nas narinas ajuda a desinchar os vasos, facilitando a respiração. “Isso acontece porque o remédio possui propriedades vasoconstritoras. O perigo é que a substância é absorvida pela mucosa nasal e levada até a corrente sanguínea e pode gerar efeitos de taquicardia e pressão alta”.
Além de possuírem atuação apenas temporária, quanto mais se usa os descongestionantes, menor é seu tempo de ação, explica o Doutor Frozi. A melhor alternativa para evitar o uso desnecessário é adotar o soro fisiológico como solução para obstruções. A lavagem pode ser realizada com o auxílio de um reservatório próprio para aplicação nasal. “Em alguns casos, podemos prescrever o uso de corticoides nasais, que possuem benefício parecido, mas sem o mesmo perigo para os pacientes”, salienta o médico.
in EcoDebate, 29/04/2016
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