Os efeitos fitoterápicos, a manipulação e o cultivo das ervas medicinas foram temas de seminário realizado no último sábado, 30, no Colégio Estadual Governador Valadares, em Aracaju
01 de Agosto de 2016
Os efeitos fitoterápicos, a manipulação e o cultivo das ervas medicinas foram temas de seminário realizado no último sábado, 30, no Colégio Estadual Governador Valadares, em Aracaju. Alunos, pais, professores e profissionais das medicinas alternativas visitaram o plantio de ervas na unidade escolar e ouviram as experiências e saberes da articuladora do Movimento Popular de Saúde em Sergipe (MOPS/ SE), Fátima Souza, além da palestra da ex-secretária estadual de Saúde da Bahia, pesquisadora das plantas medicinais e coordenadora da Farmácia da Terra da UFBA, Maria Zélia de Almeida.
Na visita ao canteiro de ervas da escola, a organizadora do evento, professora de História e coordenadora do Conselho Escolar, Maria Adilma Pinto, mostrou o efeito de algumas espécies e disse que o intuito do seminário também é resgatar a horta escolar com o plantio de gêneros alimentícios e de ervas, envolvendo alunos e comunidade.
"Com esse seminário queremos passar para os mais jovens que é possível o tratamento de saúde através das ervas medicinas. Estamos trazendo aqui uma oficina de xampu, de hidratante corpóreo, de sabonete medicinal de creme de argila e o plantio de mudas fitoterápicas", explicou.
O seminário iniciou no auditório com a fala da articuladora do MOPS, Fátima Souza, sobre as causas e consequências das ervas medicinas.
Ela disse que para conhecê-las e manipulá-las é preciso sensibilidade, já que algumas ervas possuem mais de 22 princípios, embora somente um seja ativo para determinado tipo de enfermidade.
"Queremos fortalecer o SUS, mas minha missão são as práticas milenares. Para conhecer as ervas tem que ter sensibilidade. Digo que a fitoterapia é como um grande pasto: ninguém sabe tudo e tem vários manuseios, mas o saber científico deve ser aliado ao saber popular", afirmou.
A pesquisadora Maria Zélia disponibilizou os impressos da Farmácia da Terra da Universidade Federal da Bahia para o grupo sergipano e mostrou a importância de se cultivar ervas medicinas.
"Disponibilizaremos nosso acervo e a experiência de mais de 17 anos de pesquisa. É uma iniciativa que vem ao encontro do que a Seed está propondo", afirmou.
Horta escolar
O diretor da escola, José de Oliveira Filho, informou que no mais tardar final de agosto os canteiros da horta da escola deverão estar plantados. "Queremos que a escola esteja aberta para a comunidade e vamos retomar a horta como um local de conhecimento. Não vamos somente plantar. A química estará presente por conta da análise da composição do solo, a matemática na percentagem de componentes utilizados, também as ciências e outras disciplinas. É uma forma prática de ensinar os alunos", afirmou.
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