16 de abril de 2014
Chá de camomila para acalmar. Prender a respiração para por um fim no soluço. As práticas caseiras e os ditos populares são a forma mais genuína e rudimentar de curar doenças ou tentar resolvê-las. Entenda como elas surgem e como elas formam um conjunto de sabedorias antepassadas
Você provavelmente já deve ter ouvido seus pais ou avós contando alguma história sobre uma estranha tradição ou método de cura que vem da “sabedoria popular”. História que a avó conta de uma vez que o filho passou o dia inteiro brincando na rua e voltou com insolação e o tratamento foi simplesmente colocar um copo de água na cabeça dele – etchau insolação!
A sabedoria popular¹ é um conjunto de conhecimentos de origem popular, que se baseia, principalmente, na medicina rudimentar de antepassados, transmitidos, de geração em geração, das famílias mais simples, às mais sofisticadas.
A tradição de chás, rezas, benzimentos, superstições e simpatias está intimamente ligada a um conceito de saúde exposto pela Organização Mundial de Saúde, que leva em conta o bem-estar físico, biológico e espiritual, peça-chave na relação saúde-conhecimento popular. “Tanto a saúde quanto a doença são estados relativos e as próprias palavras têm significados discrepantes para diferentes pessoas”, mostra uma pesquisa¹ realizada na Universidade Federal do Sergipe, na qual os autores explicam que “cada indivíduo possui seus próprios padrões para avaliar seu estado de saúde e utiliza-se de mecanismos de enfrentamento diferentes para lidar com suas enfermidades”.
Dentre esses mecanismos, aparecem a medicina tradicional, dos consultórios médicos e postos de atendimento, e as terapias populares, representadas pelos chás de ervas, plantas medicinais e cascas de árvores, e as rezas, que mostram a presença de religiosidade nos diversos mecanismos de tratamentos populares.
Reportagem: Lucas Loconte e Isadora de Moura
Produção Multimídia: Isadora de Moura
Edição: Isadora de Moura
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¹: Pesquisa “Cultura, Tradição e Terapias Populares: um desafio para profissionais da saúde”, publicada na revista eletrônica de divulgação científica, Fapese, v. 4, n. 2, 2008, dos autores Aline Almeida, Joanita Silva, Alzira Guimarães.
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