O Estadão veiculou uma pesquisa da Universidade de Alberta, do Canadá, que sugere que a melhor maneira de fazer as crianças ingerirem mais alimentos saudáveis é estimulá-las a cozinhar ou ao menos ajudar no preparo de alguns pratos. De acordo com a matéria, o trabalho, publicado na revista Public Health Nutrition, pesquisou estudantes de 151 escolas de Alberta para verificar suas experiências com o preparo e a escolha dos alimentos. A pesquisa observou que, em geral, os alunos disseram preferir frutas a verduras, mas aqueles que disseram ajudar no preparo mostraram maior preferência por ambos os grupos alimentares. Um dos autores do estudo afirmou, no artigo, que os resultados destacam a importância de colocar as crianças em atividade na cozinha, mas lembra que as escolas também devem se envolver.
Fonte: O Estado de São Paulo, 27 de junho de 2012.
Comentário:
Dra. Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira
Presidente do Departamento de Nutrição da SPSP.
A educação alimentar deve ser iniciada na família e na escola. A ação de preparar os alimentos tanto na escola como em casa, estimula a criança, principalmente o pré-escolar e o escolar a descobrir novas receitas, que o torna mais suscetível a experiências novas e aceitar novos alimentos. Na fase de pré-escolar, a criança apresenta neofobia alimentar, que consiste em medo em experimentar novos alimentos, sendo necessária a exposição de mais de dez vezes o mesmo alimento para ser aceito. Assim, a atividade de preparo de alimentos, com toda segurança para não ocorrer acidentes, torna-se lúdica e facilita esse processo. O importante é preparar alimentos saudáveis, iniciando com pequenos lanches até algum tipo de alimento a ser ingerido nas grandes refeições. A escola e a família tem papel fundamental na educação alimentar como exemplo e estímulo para estilo de vida saudável.
Publicado no site da SPSP em 19/07/2012.
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