terça-feira, 14 de outubro de 2014

Nogueira na fitoterapia

A folha da espécie vegetal Juglans regia L. - Juglandaceae, popularmente conhecida como nogueira, tem sido utilizada tradicionalmente para o tratamento do diabetes mellitus, no entanto, nenhum estudo em humanos havia definido ainda a sua eficácia em pacientes diabéticos através de ensaios clínicos e sim através de tradicionalidade de uso o qual nos certifica também sobre as suas virtudes no tratamento do diabetes. Um ensaio clínico realizado no Irã investigou os efeitos do extrato sêco de folha de nogueira (extraído com solução hidroalcoólica 70%) sobre a hiperglicemia e perfil lipídico em pacientes diabéticos tipo II. Um total de 61 pacientes com diabetes tipo II com idades entre 40 e 60 anos com uma glicemia de jejum (FBG) entre 150 e 200 mg / dL e a hemoglobina glicosilada (HbA1c) entre 7% e 9% foram selecionados e divididos aleatoriamente em dois grupos de nogueira e placebo. Ao primeiro grupo foram administradas cápsulas de 100 mg do extrato sêco de folha de nogueira duas vezes ao dia durante 3 meses. Ao segundo grupo foram administradas cápsulas com 100 mg de placebo. A conduta terapêutica anti-diabética padrão (metformina e glibenclamida, e regime nutricional) foi mantida em ambos os grupos. Na linha de base e depois de três meses, a FBG, insulina, HbA1c, colesterol, triglicerídeos, HDL, LDL e parâmetros hepáticos e renais foram analisados. Houve uma satisfação geral dos pacientes com o tratamento relacionada aos resultados obtidos nesse estudo. Ficou identificado que os níveis FBG, HbA1c, colesterol total e triglicérides nos pacientes tratados com nogueira diminuiram significativamente em comparação com a linha de base e com o grupo placebo. Não foram observados danos hepáticos e renais e nem mais nenhum outro dano, apenas uma diarréia leve no início do estudo em pacientes tratados. Não foram observados problemas de interação com a metformina e a glibenclamida, muito pelo contrário, na dose administrada o extrato de nogueira promoveu sinergismo no efeito hipoglicemiante e diminuição de alguns agravantes do diabetes (Adaptado de Journal of Ethnopharmacology 152 (2014) 451–456).
fito

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