06 Novembro 2014
Assinado em outubro/2014 o projeto Saúde e Plantas Medicinais em Sistemas Produtivos Agroecológicos no Extremo Sul da Bahia: Contribuições da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz para o Desenvolvimento Sócio Ambiental e Sanitário de Comunidades em Situação de Vulnerabilidade no Extremo Sul da Bahia. O projeto é coordenado pelo Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde (NGBS/Farmanguinhos/Fiocruz) e pelo Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Empreendimentos (LABMEP/ENSP/Fiocruz).
O projeto está integrado ao Programa de Desenvolvimento Agroflorestal “Produção com conservação: agricultura familiar cultivando a agrobiodiversidade no extremo sul da Bahia”, coordenado pela ESALQ/USP, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Fibria, a maior empresa brasileira de celulose e papel.
O projeto está sendo desenvolvido em sete pré-assentamentos do MST e duas comunidades de pequenos agricultores localizados em quatro municípios do extremo sul da Bahia: Alcobaça, Itamaraju, Prado e Teixeira de Freitas. Destaca-se, neste contexto, o papel da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egidio Brunetto, que representa um espaço de identidade, de fazer política, de ensino e aprendizado para grande parte destas comunidades.
Entre os objetivos deste projeto de saúde destacam-se:
. Inserir plantas medicinais em sistemas produtivos agroflorestais;
. Fortalecer o uso local das plantas medicinais de forma integrada às ações de saúde nos territórios envolvidos;
. Estruturar uma Área Demonstrativa de Produção Agroecológica e Beneficiamento de Plantas Medicinais para a inovação em medicamentos da biodiversidade na região;
. Realizar o monitoramento das condições de vida e saúde nos territórios, já citados, localizados na região litoral sul do Estado da Bahia;
. Apoiar a integração das ações de saúde implementadas nestes territórios àquelas do
Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS), nos nível municipal e local.
O projeto é mais uma vitória dos trabalhadores locais que, após um longo tempo em condições de acampamento e de luta conjunta, conquistaram o direito ao território e a aprovação de um grande projeto de estruturação produtiva com valorização da sociobiodiversidade.
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