terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Saiba como se proteger do sol e prevenir o câncer de pele

Dermatologia – Especialistas dão dicas para proteção do sol e alertam para ferimentos que permaneçam sem cicatrizar no período de 15 dias

A trabalhadora rural Maria Aparecida Miranda, de 51 anos, mora em Viçosa (MG). Desde muito jovem ela trabalha na lavoura debaixo do sol, mas foi só depois que descobriu que tinha câncer de pele é que passou a tomar cuidado.

“Toda vida eu trabalhei na zona rural. Eu nunca conheci o protetor solar. Deu uma mancha roxa na minha perna e começou a sangrar. Primeiramente, estava parecendo uma tatuagem. Aí depois ela foi crescendo. Eu estava fazendo uns exames e fui marcar outro exame, só que eu fui de bermuda. Aí um dentista viu e ficou preocupado. Eu nem sabia o que era dermatologista. Aí uma dermatologista mandou fazer uma pequena cirurgia pelo SUS e fui muito bem atendida.”

O chefe do serviço de dermatologia do Inca, Instituto Nacional de Câncer, Dorival Lobão, explica como identificar um possível caso de câncer de pele.

“Qualquer tipo de ferimento que apareça na sua pele, principalmente em áreas expostas ao sol naturalmente, que são: cabeça e pescoço, dorso das mãos. Qualquer ferimento que permaneça sem cicatrizar no período de 15 dias, pode achar que é uma lesão suspeita, portanto, deve ser procurado um médico. Isso é em relação ao câncer de pele não melanoma. Em relação ao câncer de pele melanoma, que são aquelas pintas bonitinhas pretas brilhante irregular, que começa a mudar de formato e começa a ter alguns sintomas, como: coceira, sangramento e as bordas se tornam mais irregulares e mudando de cor. Tudo isso, você deve ficar alerta e procurar um especialista”, alerta

Segundo Lobão, o fundamental para se prevenir do câncer de pele é se proteger do sol.”Todos esses cânceres de pele, a principal causa é o sol. É fundamental que as pessoas se protejam do sol e fujam do sol sempre que possível. Na impossibilidade disso, utilize filtro solar. O SUS oferece todo tipo de tratamento e todo serviço de dermatologia do SUS, a gente acompanha e trata todos os tipos de câncer de pele.”

A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é que a cada 500 mil casos de câncer, ou seja, meio milhão, pouco mais de 125 mil serão de câncer de pele.

Fotoproteção

A Sociedade Brasileira de Dermatologia também divulga, em seu site, dicas para evitar maiores complicações. A exposição à radiação ultravioleta (UV) tem efeito cumulativo e penetra profundamente na pele, sendo capaz de provocar diversas alterações, como o bronzeamento e o surgimento de pintas, sardas, manchas, rugas e outros problemas.

A exposição solar em excesso também pode causar tumores benignos (não cancerosos) ou cancerosos, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

Na verdade, a maioria dos cânceres da pele está relacionada à exposição ao sol, por isso todo cuidado é pouco.

Protetores solares

Os fotoprotetores, também conhecidos como protetores solares ou filtros solares, são produtos capazes de prevenir os males provocados pela exposição solar, como o câncer da pele, o envelhecimento precoce e a queimadura solar.

O fotoprotetor ideal deve ter amplo espectro, ou seja, ter boa absorção dos raios UVA e UVB, não ser irritante, ter certa resistência à água, e não manchar a roupa. Eles podem ser físicos ou inorgânicos e/ou químicos ou orgânicos.

Os protetores físicos, à base de dióxido de titânio e óxido de zinco, se depositam na camada mais superficial da pele, refletindo as radiações incidentes. Eles não eram bem aceitos antigamente pelo fato de deixarem a pele com uma tonalidade esbranquiçada, mas isso tem sido minimizado pela coloração de base de alguns produtos. Já os filtros químicos funcionam como uma espécie de “esponja” dos raios ultravioletas, transformando-os em calor.
Fonte: Portal Brasil

Publicado no Portal EcoDebate, 09/12/2014

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