Apesar da praticidade e preços baixos, riscos de se tornar freguês desse tipo de alimentação são alertados por especialistas
De acordo com matéria publicada pelo periódico El Pais, a população brasileira se encontra em primeiro lugar no ranking de consumo de fast food na América Latina (53,7 bilhões de reais). À luz de um estudo realizado pela EAE Business School, incidente nos hábitos de consumo, os brasileiros perdem apenas para Estados Unidos, Japão e China na hora de comprar esse tipo de comida que, mesmo rápida e barata, não é necessariamente a melhor opção.
Segundo Juliana Morimoto, professora de nutrição da Universidade Presbiteriana Mackenzie, essa realidade se deve muito ao consumo de alimentos fora do domicílio, que teve aumento significativo nos últimos anos. Dizem os estudos, que as despesas totais obtidas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) apontaram para um gasto de 27,9% em alimentação longe de casa; um aumento de cerca de 6% desde 2003.
Esse aumento, por sua vez, é preocupante uma vez que denota redução na qualidade da alimentação. “Ao analisar dados da POF 2008-2009, verificou-se que quem consome alimentos fora de casa tem ingestões maiores de gordura total, gordura saturada e açúcares (abundantes no fast food) se comparado aos que optam por uma alimentação mais “caseira”, comenta a especialista.
É importante salientar que consumo fora do domicílio não é sinônimo de fast food: a alimentação pode ser feita também em restaurantes (self-service e à la carte) e em espaços empresariais. Em uma era em que a rotina permite cada vez menos tempo para assuntos que não sejam o trabalho, os fast foods se mostram como uma infeliz alternativa. Resta saber até quando a saúde vai se deixar vencer pela pressa.
Colaboração de Lucas Berti, in EcoDebate, 19/02/2016
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