O ditado “é melhor prevenir do que remediar” vale ao pé da letra quando o assunto é aterosclerose. A doença, que é um entupimento das artérias, acomete principalmente os homens e pode levar a complicações como infarto, AVC, amputações e até mesmo à morte. E o melhor remédio para evitar a aterosclerose ainda é a prevenção: com alimentação saudável, atividade física, parar de fumar, controlar a pressão arterial, colesterol, o peso e o diabetes.
Segundo o cirurgião vascular do CENTRO INTEGRADO DE ANGIOLOGIA, ANGIOMEDI, o Dr. Antônio Carlos de Souza, o primeiro sinal de alerta para aterosclerose é o histórico familiar de infarto ou AVC precoce. Se há casos familiares jovens, este pode ser um fator predisponente importante.
Os homens devem ficar ainda mais atentos, pois a doença se apresenta 10 anos mais cedo do que nas mulheres. “O estrogênio, hormônio feminino, ajuda a retardar a aterosclerose nas mulheres”, afirma. Mas nem por isso as mulheres devem se descuidar. O médico adverte: “depois da menopausa, quando diminui a produção de hormônios, o risco se iguala ao dos homens”.
No entanto, os homens são mais afetados também por fatores de risco ligados ao estilo de vida, como tabagismo e sedentarismo. Mas o médico lembra que estes são fatores que podem ser evitados. “Não é possível mudar o histórico familiar, mas o estilo de vida sim. O tabagismo é um fator que pode ser eliminado completamente”, aconselha o Dr. Antônio Carlos de Souza. Outros fatores desencadeantes da aterosclerose, como hipertensão, colesterol e diabetes, também podem ser controlados, com acompanhamento médico.
No caso dos diabéticos, o cuidado e acompanhamento devem ser constantes. A aterosclerose acomete estes pacientes e pode levar a amputações, se não for controlada. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a cada minuto se amputa uma perna no mundo em função de complicações da doença.
O Dr. Antônio Carlos de Souza dá algumas dicas para os pacientes. Além do acompanhamento médico, ele orienta adotar uma alimentação mais saudável, livre de produtos industrializados, e não deixar de lado a atividade física. Segundo ele, 150 minutos de exercício por semana – o que equivale a meia hora por cinco dias – já são suficientes para sair do sedentarismo e pode fazer a diferença.
O editor de imagem Ranivaldo Ribeiro Torres sabe dos riscos e, desde que descobriu a diabetes há nove anos, segue à risca as orientações médicas. Antes comia de tudo e, com a rotina corrida, deixava os exercícios de lado. Hoje, os hábitos estão mudados. Ele se alimenta de forma mais saudável e faz atividade física todos os dias. “Não adianta só dieta, o exercício físico é essencial. Fico uma semana sem fazer atividade e a minha glicose já aumenta”, conta Ranivaldo. Ele diz que no começo não foi fácil, mas hoje já está bem adaptado às mudanças e ganhou mais qualidade de vida.
in EcoDebate, 22/02/2016
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