quinta-feira, 28 de julho de 2016

Atlas de Desenvolvimento Sustentável e Saúde. Brasil: 1991 a 2010


Fonte: Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasi - Quinta-feira, 28 de Julho de 2016 


O Atlas de Desenvolvimento Sustentável e Saúde foi elaborado pela Representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, com o objetivo de descrever a magnitude e a evolução de importantes indicadores das dimensões econômica, social e ambiental e oferecer subsídios para o debate sobre as desigualdades no Brasil ao longo das últimas duas décadas, considerando o ponto de vista da saúde. Os indicadores referem-se aos anos de 1991, 2000 e 2010, e a todas as unidades federadas, tomando como base para a análise dos municípios brasileiros.

A realização do estudo foi motivada por uma frase-chave do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), realizada no Rio de Janeiro, em 2012, que afirma: “[…] reconhecemos que a saúde é uma condição prévia, um resultado e um indicador das três dimensões do desenvolvimento sustentável”: a econômica, a social e a ambiental.

Foram selecionados indicadores incluídos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que terão continuidade nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), pactuados pelos estados-membros das Nações Unidas para o período posterior a 2015.

São eles: taxa de mortalidade infantil e na infância, como indicadores da dimensão da saúde; proporção da população em condição de pobreza, como indicador da dimensão econômica; proporção da população analfabeta, como indicador da dimensão social; e proporção da população sem acesso à água encanada, como indicador da dimensão ambiental.

As análises realizadas evidenciam, em todas as unidades federadas do país, avanços positivos nas duas décadas estudadas (1991-2010), especialmente na última, no que se refere tanto à melhoria dos indicadores de desenvolvimento sustentável analisados quanto na redução de seus valores médios e das desigualdades entre as regiões e os municípios do país, sendo esse último muito importante de ser ressaltado.

O Brasil é hoje um país melhor e mais equitativo que há 20 anos. Sua população é mais saudável e goza de mais bem-estar, como demostrado contundentemente por esta publicação.

Na versão online, o atlas está dividido por estados brasileiros e você pode ter acesso aos dados clicando aqui

"Desenvolvimento sustentável e saúde” marca o início de uma nova era no estudo de desigualdades em saúde no Brasil. Graças a um esforço de décadas, os investimentos na qualidade e cobertura de nossas estatísticas vitais passaram a permitir novas formas de análises espaciais de iniquidades, que já são frequentes nos países de alta renda. Os resultados aqui apresentados mostram que, apesar de importantes progressos, erradicar as iniquidades em saúde persiste como um desafio fundamental para nossa sociedade. Com sua riqueza gráfica e clareza analítica, esta publicação não apenas servirá como referência essencial para futuros estudos acadêmicos, mas também para embasar políticas públicas em prol da equidade."

Cesar Victora
Centro Internacional de Equidade em Saúde, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Universidade Federal de Pelotas. Rio Grande do Sul, Brasil.

"O Atlas de desigualdades em saúde agora à disposição dos profissionais de saúde, estudantes e docentes da área de Saúde nos país é uma iniciativa extremamente interessante na qual os autores selecionaram indicadores socioeconômicos e de saúde capazes de fornecer um bom retrato da situação de estados e municípios. A escolha das formas gráficas e dos mapas para retratar a evolução temporal dos indicadores também foi muito bem sucedida pois em pouco espaço foi possível fornecer muitas informações. Todos nós que trabalhamos em epidemiologia social e temos nossa área de pesquisa em Determinantes Sociais de Saúde saudamos a iniciativa e certamente faremos bom uso deste Atlas."

Rita Barradas Barata
Departamento de Saúde Coletiva Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo (FCMSCSP). São Paulo, Brasil.

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