Texto:
Jessica Tiyoko Yamashita - acadêmica de agronomia - Faculdade Cantareira
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo - Professor UNITAU e Faculdade Cantareira
Uma família tipicamente de clima neotropical, a Bignoniaceae Juss é formada por cerca de 750 a 800 espécies. Algumas dessas espécies são conhecidas como ipê (MABBERLEY, 1997).
Apesar do vernáculo ipê, de origem Tupi, ter relação com flores amarelas, há espécies com diferentes tipos de cores, como, por exemplo, o ipê-verde (Cybistax antisyphilitica) e o ipê-roxo (Tabebuia heptaphylla).
O ipê-verde, Cybistax antisyphilitica, ocorre predominantemente no cerrado, mas o exemplar da foto foi localizado plantado em São Paulo, com aproximadamente 2 anos e 1,0 m de altura.
Em uma época do ano suas folhas caem, pois é classificada como decídua. Se desenvolve melhor a pleno sol. Sua florada acontece em mais de uma época do ano. No entanto, nos meses de dezembro a março ela é mais intensa.
Algumas características morfológicas: folhas compostas, com cinco a sete folíolos (foto 1) e a inflorescência e formada em panículas terminais, e suas pétalas são verdes (foto 2).
Com relação aos usos medicinais, ainda há poucas pesquisas que comprovam seus efeitos. O uso popular faz referência da casca e das folhas para infecções urinárias, blenorragia e sífilis (justificativa, inclusive para o seu epíteto específico antisyphilitica). Há algumas referências sobre ações larvicidas em Aedes aegypti (RODRIGUES et al., 2005).
Foto 1. Folhas compostas do ipê-verde
Fonte: Jessica Tiyoko Yamashita
Foto 2. Flor do ipê-verde.
Fonte: Jessica Tiyoko Yamashita
Referências
MABBERLEY, D. J. The plant-book. 2. ed. Cambridge, Cambridge University Press, 1997. 858 p.
RODRIGUES, A. M. S.; PAULA, J. E;, ROBLOT, F.; FOURNET, A.; ESPÍNDOLA, L. S. Larvicidal activity of Cybistax antisyphylitica against Aedes aegypti larvae Fitoterapia, v. 76, p. 755-757, 2005.
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