quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Ciência aponta um novo possível benefício da beterraba!



A beterraba pertence à família Chenopodiaceae, na qual a parte comestível é a raiz tuberosa, e apesar de não possuir um elevado valor comercial, ela é amplamente consumida, seja cozida, ralada ou em conserva. Entre as espécies, podemos citar a açucareira, forrageira e hortícola, a qual é conhecida como “de mesa” ou beterraba vermelha, e é mais comercializada e consumida no país.

A espécie Beta vulgaris L., ou beterraba vermelha, é conhecida por possuir compostos nitrogenados, que desempenham atividade antioxidante natural, chamados de betalaínas, os quais são classificados em betacianinas, pigmento com características polares que confere cor vermelha-violeta à beterraba e correspondem a 75 a 95% dos pigmentos, e as betaxantinas, um corante amarelo-laranja também presente na beterraba vermelha em menor proporção que as betacianinas. Devido à isso, as betalaínas podem ser empregues como corante natural em alimentos; no entanto, deve-se levar em conta que elas são estáveis em pH 4 a 5, razoavelmente estáveis em pH 5 a 7 e instáveis em presença de luz e oxigênio, sendo afetadas também pela atividade de água.

Além de suas propriedades antioxidantes, que protegem nosso organismo do envelhecimento celular, alguns tipos de cânceres e doenças inflamatórias, a beterraba apresenta também um rico conteúdo de nutrientes, dos quais podemos citar os carboidratos, proteínas, além dos minerais cálcio, ferro, magnésio, fósforo, sódio e as vitaminas do complexo B, A e C, e um baixo valor calórico.
Sabe-se também da ação vasodilatadora que esta raiz possui, auxiliando no controle da hipertensão, um dos fatores que acarretam em doenças cardiovasculares, cujo efeito dá-se pelos consideráveis teores de nitrato, os quais são convertidos em nitrito no nosso organismo. Além disso, o nitrato pode contribuir com o aumento do oxigênio, melhorando a tolerância durante exercícios físicos.

Dentre todos estes benefícios, pesquisadores buscaram investigar os possíveis efeitos anti-hiperglicêmicos da Beta vulgaris L. Os resultados indicaram uma possível atividade anti-hiperglicêmica, devido ao aumento da glicose, que é rapidamente convertida em glicogênio, no plasma, induzindo a secreção de insulina, a qual é mediada pelo nível de acetilcolina e peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1).

A pergunta que fica é: como uma fonte de extração de açúcar pode apresentar atividade anti-hiperglicêmica? Mais estudos devem ser realizados a fim de comprovar tal relação. No entanto, uma coisa é certa, a beterraba deve ser incluída em nossa alimentação, preferencialmente, na forma crua, para aproveitarmos todos os seus compostos. Além disso, as folhas, normalmente descartadas, são fontes de fibras, vitaminas e minerais, e podem ser consumidas em sopas ou caldos.

Jéssica Fernanda Scatolin Russo
Graduanda em Ciências dos Alimentos (ESALQ-USP)
Sob orientação da Profª. Drª. Jocelem Mastrodi Salgado

1st April 2016 por GEAF FUNCIONAIS

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