19 de julho de 2017
Foto: Francisco Campos/SES
Presos de justiça atendidos no Hospital Nina Rodrigues e pacientes do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD) começaram nesta segunda-feira (17) a construção do horto do Projeto Farmácia Viva. O projeto, criado pelo poder público estadual por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), integra o conjunto de atividades executadas para favorecer a ressocialização, a aproximação com as famílias e desenvolver a profissionalização dos pacientes.
O diretor do Hospital Nina Rodrigues, Ruy Cruz, ressaltou a importância do Farmácia Viva na rotina dos pacientes e também de seus familiares. “Nosso objetivo é também oferecer uma atividade profissionalizante. Aqui eles conseguem visualizar uma linha de produção que inclui os seus familiares. O trabalho é uma oportunidade de trazer a família para o convívio com os pacientes”, destacou o diretor da unidade.
Também presente durante o início das atividades, o diretor do CAPS AD estadual, Marcelo Costa, destacou como o projeto beneficia os pacientes. “Os pacientes se reintegram à sociedade através dessas atividades humanas. Além de estarem sendo instruídos acerca do uso dessas plantas, também estarão ocupando seu tempo, favorecendo o seu bem estar e autoestima, pois se sentem valorizados. Quando estiver tudo pronto, eles vão saber que participaram desse processo. Isso, tanto quanto a medicação, faz parte do tratamento”, disse.
Os serviços de instalação do horto, previsto para inaugurar em agosto, tiveram início com a limpeza da área para preparo do solo com terra preta e adubo. Depois do preparo do solo, haverá o plantio das mudas de hortaliças e plantas medicinais. A produção beneficiará tanto os pacientes quanto seus familiares, que já estão participando de capacitações sobre fitoterapia para utilização terapêutica do que for cultivado no horto, como mastruz, erva cidreira, hortelã da folha grossa, camomila, entre outros.
O trabalho no horto beneficia pacientes como Thiago Fernando Cardoso, de 28 anos. “Toda vez que aparece uma atividade, eu me interesso. Já fiz curso de reciclagem e agora vou participar desse e do de confecção de bijuterias. Procuro ocupar sempre a minha mente e aprender algum ofício. Com o cultivo da terra, estamos sempre ganhando, produzindo alimentos tendo a possibilidade até de fazer uma horta em casa”, afirmou o paciente do CAPS.
“Eu mesmo pedi pra me inscreverem nessa atividade. Faz quase um ano que estou em tratamento no CAPS e sempre procurei me ocupar, estudar e participar das atividades porque sei que isso vai ajudar a minha vida a ser melhor. Quando não tem a gente sente falta, por isso faço questão de me envolver e participar, seja em qualquer área que oferecerem. O importante é aprender”, disse Paulo da Conceição Vieira, de 43 anos.
“Esse projeto do governo é estratégico, pois proporciona a tantas pessoas saúde através das plantas medicinais”, afirmou a coordenadora do Farmácia Viva, Kallyne Bezerra.
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