quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Santo Estêvão, Santa Catarina, trabalha interdisciplinaridade através da horta

02/08/2017 - Publicado por: Clarissa Borba


Sentir o cheiro, a textura das plantas, observar de perto o trabalho das formigas e das minhocas, e ver a influência do sol e da chuva no crescimento das hortaliças. É isso que fazem cerca de 200 crianças e adolescentes da Escola Municipal Santo Estêvão, na localidade do Garibaldi, por meio da horta escolar. O projeto existe há três anos e é desenvolvido somente no período letivo. Neste ano, iniciou em abril. Ideia do diretor, Volnei de Souza, dos professores e funcionários da escola.


Todos estão envolvidos no projeto. Desde as merendeiras, passando por pais de alunos, professores e crianças. Na horta de aproximadamente 400 metros quadrados, com seis canteiros, são plantadas hortaliças, como alface crespa, lisa, americana, couve-flor, beterraba, cenoura, ervas medicinais, tempero verde, além de abrigar uma composteira onde são depositadas as cascas de frutas e verduras que sobram das merendas. Essa matéria orgânica, juntos com folhas secas, se transforma em adubo para a própria horta.

O diretor da escola lembra que no início do ano a mãe de um aluno doou esterco bovino para a escola, que serviu para enriquecer o solo com nutrientes. Junto com o esterco, vieram sementinhas de mato, que são retiradas todos os dias, com muito cuidado, pelos alunos. Quando falta chuva, os alunos molham a horta. Resultado: verduras bonitas e colheita garantida. Daqui a um mês os alunos envolvidos no projeto levarão para casa uma verdura plantada e cultivada por eles mesmos. Um incentivo para conversar sobre alimentação saudável em casa.

Mas os benefícios da horta não param por aí. O professor Mario Orzechovicz, da turma dos 4ºs anos, conta que aproveita a área dos canteiros para estudar perímetro (linha que forma o contorno de uma figura), área, contagem dos alfaces em linhas e colunas. Tudo o que é feito é descrito em relatórios pelos alunos e, com isso, a língua portuguesa é trabalhada.

“O que eu mais gostei foi plantar os alfaces. Plantei uns três ou quatro pés. Notei que precisamos cuidar sempre da horta, tirar matinho, regar, se não, as verduras não crescem”, conta a aluna do 4º ano Melrian Maiara Machado, de nove anos. A professora do 1º ano Marlene Steinmmacher envolve, todos os dias, os 20 alunos da manhã e os 20 da tarde nos assuntos da horta. “Temos um laboratório natural disponível para as crianças. Podemos estudar o solo, o tempo que as verduras levam para crescer, o tamanho do canteiro, a quantidade de água que o solo retém. Isso é muito rico para uma escola. Ainda quero plantar espinafre e amendoim com as crianças. Elas não sabem como é um pé de amendoim”, comenta Marlene. 

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