Texto:
Marcos Roberto Furlan - Professor e Engenheiro Agrônomo
Michelly Caldi - Farmacêutica (michellycaldi@gmail.com, www.dramichellycaldi.com.br)
É comum a colheita de plantas medicinais no quintal ou no campo para utilização em chás ou em outros preparados caseiros. Também é comum que o efeito desejado não aconteça, o que pode ocorrer, por exemplo, devido à colheita em épocas não adequadas.
Um exemplo da influência da estação do ano foi demonstrado na pesquisa de Luz et al. (2014). Os autores avaliaram, dentre outros fatores, a biomassa, o rendimento e a composição de óleo essencial de Melissa officinalis L. em diferentes épocas de plantio, sistemas de cultivo, e adubações.
No ensaio realizado em Uberlândia, Minas Gerais, a extração de óleo essencial, realizada por hidrodestilação, proporcionou maior rendimento no verão.
Com relação à composição química, analisada em cromatógrafo gasoso acoplado a espectrômetro de massas, resultado interessante foi obtido. No inverno, o teor de citronelal foi maior, enquanto que os principais responsáveis pela ação terapêutica desejada, os monoterpenos neral e geranial, ocorreram em maiores teores no verão.
Outro resultado importante para o consumo in natura e também para fornecer matéria-prima para fitoterápicos, foi que em ambiente protegido (estufa), verificou-se maior biomassa de melissa, maior rendimento de óleo essencial, e maior taxa do constituinte citral (formado pelo neral e geranial).
Referência e link para o artigo:
Luz, J.M.Q., Silva, S.M., Habber, L.L., & Marquez, M.O.M.. (2014). Produção de óleo essencial de Melissa officinalis L. em diferentes épocas, sistemas de cultivo e adubações. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 16(3), 552-560. https://dx.doi.org/10.1590/1983-084X/11_130
Folha da Melissa officinalis
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