terça-feira, 16 de janeiro de 2018

PANCs, para alimentar o mundo - site www.ufrgs.br/vies

Publicado por brunoglauche em 8 de maio de 2014 às 0:32

“Tudo foi mato um dia, até as pessoas descobrirem que aquilo se poderia comer, com as plantas mudando de categoria e inaugurando um novo paradigma alimentar.” Valdely Kinupp

No mundo existem 7 bilhões de pessoas, e até 2050 seremos 9 bilhões, como alimentar tantas pessoas, é uma questão que ganha força quando se pensa que mais de um bilhão de pessoas passam fome. No entanto a produção bruta de alimentos também cresce assim como o numero de pessoas obesas no mundo que já ultrapassa a casa dos bilhões.

Por isso talvez seja uma questão de distribuição e raridade. De Distribuição, pela situação de a comida não chegar às pessoas que mais precisam. E raridade, pois existem muitas monoculturas, a dieta da maioria das pessoas é baseada em poucos alimentos e o ciclo de produção calcado na demanda que mantém a situação. Esse “vício” é prejudicial inclusive para o meio ambiente, a agricultura já é uma das atividades que mais prejudicam o planeta. Não só no caso do desmatamento, para abrir espaço para monoculturas, mas também toda a emissão de gases-estufa provocada pela industrialização da agricultura. “A ideia de que somos cada vez mais numerosos e por isso precisamos produzir mais é equivocada. Precisamos é produzir melhor. Menos da metade dos grãos hoje em dia é destinada à alimentação, enquanto a maior parte serve para fabricar rações animais, biocombustíveis e outros produtos industriais.”, essa é a posição de Benedikt Haerlin, da fundação Zukunftsstiftung Landwirtschaft, que apoia projetos ecológicos.

Por outro lado, o preço cada vez mais caro, e muitas vezes flutuante, onera quem tem condições de comprá-los. Para a maioria dos países, assim como o Brasil, a dieta é muito baseada em alimentos, no caso plantas, exóticos. E para suprir essa demanda, há duas possibilidades. Primeiro pode-se importar a comida, aumentando o custo final, e pior, fortalecendo o sistema de monocultura no país de origem, e no outro cria uma dependência perigosa e desnecessária. A segunda é plantá-las no próprio país o que demanda muitos cuidados, fora que por estarem fora de seu habitat natural se tornam muito suscetíveis a mudanças, não resistindo facilmente.

“Se fala que a Amazônia vale trilhões. Vale nada. As pessoas estão passando fome lá. Muita gente vivendo precariamente, como aqui, na famosa Porto Alegre, com sua periferia cheia de pessoas comendo mal, sentindo frio ao dormir. Não adianta termos uma biodiversidade imensa na Região Metropolitana se não a comemos ou a utilizamos de forma sustentável para outros fins. Muito menos geramos divisas e empregos, porque ninguém planta.” Valdely Kinupp

Para lutar contra esse contexto insustentável, podemos fazer a nossa parte não desperdiçando comida e aproveitando melhor os alimentos. Além disso, podemos diversificar a nossa alimentação. Usar alimentos nativos, e até que não consideramos alimentos ainda. É ai que as PANCs entram.

Texto completo no link: 

Nenhum comentário:

Postar um comentário