O agrônomo e produtor rural Raul Porto Serrichio fala sobre os usos e propriedades medicinais dessas plantas
Marianna Rosalles
Brasil de Fato | São Paulo (SP),4 de Agosto de 2017 às 15:55
Caminhada de identificação das PANCS no extremo sul de São Paulo / Arquivo pessoal
As Plantas Alimentícias Não Convencionais podem estar presente em sopas chás, saladas, entre outras receitas. Elas inclusive podem ser utilizadas para fins terapêuticos.
Hoje, o agrônomo e produtor rural Raul Porto Serricchio vai apresentar algumas delas e suas propriedades, a começar por duas plantas bastante encontradas no país, o Saião e o Picão Preto.
"Tem duas plantas que eu acho bem interessantes e que praticamente você encontra por todo o Brasil que é o Saião e o Picão Preto. O Saião, além de ter um uso medicinal já consagrado, ela tem um uso como Planta Alimentícia Não Convencional. Você pode fazer um suco verde para tomar, acrescentando limão, ou pode fazer uma salada. E o Picão preto que também é uma planta consagrada de uso medicinal, bem reconhecida, é uma planta muito rica em sais minerais, então é importante que você consuma em sua dieta, e é uma planta de fácil crescimento, é uma planta espontânea.", explica o agrônomo.
Uma outra PANC que fazia parte da mesa do brasileiro e tem voltado com força total é o Caruru. "Ela é espontânea, e foi muito usada. Ainda do que a gente chama de PANCS e se ouvia falar com uma certa frequência e algumas pessoas ainda fazem uso é o Caruru, ou Bredo, o famoso bolinho de Caruru, que é rico em ferro! Tem muita gente que ainda não conhece mas falando pelas minhas andanças por aí ela é uma das plantas que não se perderam no conhecimento e no uso. Então ela é uma planta rica em sais minerais, e ela responde muito bem no caso quando a gente está cultivando, em um solo com bastante matéria orgânica ela se desenvolve muito bem."
Além dessas, o Raul nos contou sobre a Ora-pro-nóbis, bastante conhecida entre as pessoas que não consomem proteína animal. "Outra planta interessante é a Ora-pro-nóbis, que está bem famosa, está todo mundo falando dela né, que é a proteína vegetal que ela chega a ter de 25% a até 30% de proteína. Esse alto teor de proteína é quando a folha já está desidratada. Se você pegar ela verde para fazer um bolo ou incrementar alguma coisa, um suflê por exemplo, ela não vai ter aqueles 25% ou mais de proteína. Se você é uma pessoa que é vegetariana ou vegana que está buscando a ora-pro-nóbis como fonte de proteína, lembre-se, ela em base seca, desidratada ou em pó tem 25% ou mais de proteína.
Viu só? Tem muito mais coisas nos quintais e jardins do que se imagina, que inclusive podem se transformar em alimento e ocupar a mesa dos brasileiros.
Edição: Anelize Moreira
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