Aí a beldroega, em carreirinha indiscreta -
ora-pro-nobis! – apontou caules ruivos no baixo das cercas das hortas, e,
talo a talo, avançou. Mas o cabeça-de-boi e o capim-mulambo, já donos da
rua, tangeram-na de volta; e nem pode recuar, a coitadinha rasteira, porque no
quintal os joás estavam com o espinho-agulha e com o gervão em flor.
Em “Sarapalha”, do livro “Sagarana”.
Assim a beldroega é descrita por Guimarães Rosa.
Que bom se as descrições botânicas fossem feitas dessa forma!
Além de retratar a planta, instala-nos em seu ambiente, como se estivéssemos deitados,
a observar o desfecho da competição
entre as cinco espécies.
Nenhum comentário:
Postar um comentário