Para entender as doenças e alcançar a cura, o ser humano, antes, deve ser compreendido em toda a sua complexidade. Esse é o princípio que rege a Medicina Antroposófica (MA), prática que conjuga conhecimentos científicos e espirituais: a saúde e o adoecer são resultado não só de fenômenos biológicos, mas se relacionam a aspectos indivisíveis da pessoa.
Nascida há quase cem anos, a MA foi desenvolvida pela médica Ita Wegman, inspirada por Rudolf Steiner e sua obra Antroposofia. De acordo com Ricardo Ghelman, médico pediatra e clínico geral, membro da coordenação do Núcleo de Medicina Antroposófica (Numa), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Steiner era um humanista e entendia que "O homem deve ser visto como portador de corpo, alma (psique) e individualidade, isto é, como um ser noopsicosomático, cujas instâncias dinâmicas definem processos de saúde e doença, num contexto histórico e social".
No Brasil, a prática foi introduzida há 60 anos e possui pequena representatividade no Sistema Único de Saúde (SUS) em Belo Horizonte (MG); São João Del Rei (MG); São Paulo (Associação Comunitária de Monte Azul e Unifesp), além da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJJF). Mesmo assim, fala Ghelman, "O País tem um crescimento do contingente de médicos antroposóficos, atrás apenas de Alemanha e Suíça".
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