quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Aleitamento materno pode ajudar a evitar obesidade infantil

A revista Crescer, em sua versão on-line, publicou artigo informando que várias pesquisas médicas mostram que a amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida, e continuada até os 2 anos ou mais, protege contra a obesidade infantil. Segundo o pediatra entrevistado para a matéria, um estudo realizado em 2010 observou que para cada mês em que se adia a introdução de alimentação complementar (entre os 2 e 6 meses), o risco de obesidade na vida adulta diminui de 6% a 10%.

Revista Crescer, 1 de abril de 2014

Comentários
Dra Marisa da Matta Aprile
Departamento Científico de Aleitamento Materno da SPSP

Os estudos internacionais, publicados em 2012, mostram que cada mês de amamentação diminui em 4% as chances da criança desenvolver obesidade. Crianças em aleitamento materno recebem quantidades calóricas adequadas ao crescimento saudável, não superior às suas necessidades, diferente do que ocorre com o uso de mamadeira. Com a prevenção da obesidade a criança se beneficia também da diminuição em 40% da incidência de diabetes tipo II, isto devido ao controle de peso resultante do controle da saciedade, que adquirem as crianças amamentadas. Ocorre também uma diminuição nas taxas de hipertensão, pois o leite humano tem menos sal e tem na sua composição substâncias que protegem os vasos (ácidos graxos de cadeia longa). Os dois primeiros anos de vida são de alto impacto na redução das doenças crônicas não transmissíveis do adulto (diabetes, hipertensão e obesidade) devido a programação do organismo, conferido pelo aleitamento materno. A nutrição da gestante, o aleitamento materno e a alimentação complementar saudável após o sexto mês fecham esse ciclo, chamado por vários autores de “1000 dias, uma janela de oportunidades para a vida saudável do adulto”.

Publicado em 21/08/2014.

Nota do blog: http://comunidadespsp.wordpress.com/

Este blog não tem o objetivo de substituir a consulta pediátrica. Somente o médico tem condições de avaliar caso a caso e somente o médico pode orientar o tratamento e a prescrição de medicamentos.

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