quinta-feira, 9 de julho de 2015

10 fatos e relatos sobre a capuchinha ou chagas (Tropaeolum majus)

Em algumas regiões de clima mais ameno, como nos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e em algumas cidades do Estado de São Paulo, a capuchinha (Tropaeolum majus L.), também conhecida como chagas, flor-de-sangue ou agrião-do-méxico, nasce espontaneamente. 

Apesar de não ser uma planta nativa do Brasil, é relativamente conhecida pela população, mas muitos não sabem a sua importância e a versatilidade de usos. 

1. Comestível: são consumidas as folhas e flores quando o cultivo não inclui o uso de agrotóxicos ou produtos químicos;

2. Fonte de vitamina C: pesquisas realizadas revelam alto teor de vitamina C nas folhas, sendo estas utilizadas no tratamento do escorbuto (carência de vitamina C);

3. Condimento: as flores e frutos são usados em conservas;

4. Ornamental: possui cultivares que se diferenciam pelas cores das flores que são sortidas, variando entre o alaranjado, amarelo, vermelho, rosa e creme, sendo cultivada em jardins por ser também considerada ornamental;

5. Atraente de lagartas: nas hortas, a capuchinha atrai a lagarta da couve;

6. Botões florais e os frutos em picles têm gosto semelhante à alcaparra (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-05722011000500016&script=sci_arttext);

7. Pode interferir diretamente com a etapa inicial de uma resposta inflamatória, apresentando possivelmente, uma atividade moduladora neste processo (revistas.unipar.br/saude/article/download/4089/2541);

8. A análise dos carotenoides da capuchinha revelou que a sua flor representa uma rica fonte de luteína (450 mg/g e 350 mg/g de luteína nas flores amarelas e alaranjadas, respectivamente). As folhas também apresentam valores altos de carotenoides quando comparadas às folhas em geral (136 mg/g de luteína, 69 mg/g de b-caroteno, 74 mg/g de violaxantina e 48 mg/g de neoxantina) (http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000300859);


10. Os valores encontrados de sólidos solúveis, acidez e relação SS/AT, classificam as flores de maracujá, cravo amarelo e rosa como pouco palatáveis para o seu consumo in natura, diferindo das flores de capuchinha, que apresentarem valores semelhantes ao de frutas doces amplamente consumidas (http://www.deag.ufcg.edu.br/rbpa/rev163/Art1637.pdf).

Texto:
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo 
Maria Beatriz da Silva Pereira - Acadêmica do curso de Engenharia Agronômica - UNITAU

Nenhum comentário:

Postar um comentário