Fonte: Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York. - Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2016
Fonte: http://goo.gl/eD70Bb
Conclusão consta de estudo de especialistas do Unicef publicado na revista médica britânica Lancet; documento diz que mulheres que amamentam seus bebês reduzem taxas de câncer de mama e ovário.
Um estudo publicado na revista médica britânica Lancet afirma que o aleitamento materno reduz a mortalidade infantil.
O documento faz parte de uma série sobre o assunto preparado por especialistas do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.
Diarreia
Eles disseram que se houver uma melhora na prática da amamentação, 820 mil crianças poderão ser salvas por ano, 90% delas são bebês com até seis meses de idade.
Além disso, será possível prevenir quase metade dos casos de diarreia e mais de 60% das infecções respiratórias, as duas principais causas de morte de crianças com menos de cinco anos.
Há também uma queda de 36% em relação às mortes repentinas. As crianças amamentadas pela mãe reduzem o risco de se tornarem obesas quando crescerem.
Câncer
O aleitamento materno também ajuda a reduzir as taxas de câncer de mama e ovário.
Segundo o estudo, "cada ano que as mulheres amamentam seus bebês, elas reduzem em 6% o risco de desenvolver câncer de mama".
Atualmente, o aleitamento materno evita a morte de quase 20 mil mulheres por este tipo de doença, todos os anos. Os médicos afirmam que esse número pode dobrar se houver uma melhora dessa prática.
A amamentação também está ligada à redução dos casos de câncer no ovário.
Impacto Econômico
O impacto econômico é grande. O estudo calcula que as perdas associadas ao baixo aleitamento materno podem chegar a US$ 302 bilhões anuais, o equivalente a mais de R$ 1,2 trilhão.
Para o chefe de nutrição do Unicef, Werner Schultink, o investimento no aleitamento materno tem um impacto significativo na saúde de mulheres e crianças e nas economias de países ricos e pobres".
Ele afirmou que "o estudo fornece prova crucial mostrando que o aleitamento materno representa o pilar para a sobrevivência, a saúde, o crescimento e o desenvolvimento das crianças, como também contribui para um futuro mais próspero e sustentável".
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