segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Pão quentinho e saudável com gostinho familiar


Fonte: Jalila Arabi Ascom/ MDA - Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2016 


Acordar cedo, ir à padaria de manhã e comprar aquele pão quentinho é rotina para a maioria dos brasileiros. O que muitos não sabem é que dá para fazer isso e ainda consumir um produto mais saudável – e o melhor, com a participação da agricultura familiar. Como fez o brasiliense e dono da padaria Varanda, Dilson Oliveira Menezes. Ele garante pão quentinho aos clientes de Brasília (DF), sem adição de produtos químicos, e ainda incentiva a produção orgânica no campo.

Segundo ele, a padaria tem muitos diferenciais. Além de comprar farinha orgânica feita com grãos produzidos por famílias agricultoras, a loja não fabrica o tradicional pão francês. “Esse o cliente pode encontrar em qualquer padaria”, justifica. A Varanda, que tem esse nome porque a produção começou na varanda da casa de Dilson, tem mais de 30 tipos de pães, que variam de tamanho (de 90 gramas a meio quilo) e de preço (de R$ 3 a R$ 20).

A produção dos pães de Dilson é parecida com a tradicional, mas leva mais tempo, exatamente por não usar produtos químicos. Tem pãozinho que demora até 32 horas fermentando. “O fato do nosso pão não ter produtos químicos que aceleram a produção, que dá maior qualidade a ele, é um diferencial. Esses produtos agilizam, sim, o processo, o que a maioria das padarias hoje busca, mas eu busco outras coisas: busco sabor, digestibilidade”, explica.

Mais tempo

O empresário notou que o slow food (maneira mais simples de saborear a comida, com mais tempo) é uma tendência que vem crescendo. “Percebi, há algum tempo, que uma grande parcela da população está buscando uma alimentação mais verdadeira, com menos processados. Eu busco com esse tipo de produção voltar a fazer as coisas da maneira certa, por isso chamo o nosso pão de ‘pão de verdade’. Esse é o mesmo processo que se usava há 100, 150 anos”, comenta Dilson.

E é aqui que a agricultura familiar entra: “Quando eu fazia por encomenda, na varanda da minha casa, usava 100% da farinha dessas famílias. Como a demanda cresceu, tivemos que diversificar a produção, mas ainda usamos essa farinha. Parte dos pães ainda é da agricultura familiar, isso agrega muito ao produto, e não quero perder isso. É uma farinha muito rica”, elogia.

Ele relata que muitos clientes têm alergias aos componentes do pão tradicional e que não podiam comê-los. “Alguns não podiam comer nenhum tipo de pão, com alergias fortíssimas. Por indicação de nutricionistas, começaram a consumir os nossos produtos e aquelas alergias que eles tinham com o pão comum sumiram. Isso só me prova que o fato de não usarmos produtos químicos afeta diretamente no produto”, atesta.

A agricultura familiar está nos planos de expansão da padaria. Em 2016, ele pretende aumentar o relacionamento com os clientes, com mesinhas e um café ‘honesto’, vindo diretamente das famílias do campo.

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