Cogumelos, plantas aromáticas e medicinais têm sido fonte de renda para um grupo de produtores da comunidade Cerro Verde, entre os municípios de Quitandinha e Campo do Tenente. Desde o ano passado os agricultores estão sendo assistidos pelo Instituto Emater, por meio da Chamada Pública mantida pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, para fazer a integração das duas atividades. De acordo com Leonel Pires Ferreira, do Instituto Emater de Campo do Tenente que presta assistência aos agricultores, o projeto privilegiou a organização, a parceria e a sustentabilidade.
Para despertar o interesse dos produtores foram realizadas diversas reuniões, excursões e visitas técnicas. Os agricultores também entraram em contato com fornecedores de insumos, produtores e compradores. Segundo Leonel, a ideia foi produzir dentro dos padrões exigidos pelo mercado consumidor. A estratégia deu certo. Hoje os produtores estão satisfeitos e a atividade vem aumentando a arrecadação de impostos em Quitandinha.
O potencial do cogumelo é significativo. Com uma estufa de 50 metros quadrados, o produtor obtém um faturamento de R$ 3.000 líquido, por lote. Como anualmente são produzidos cinco lotes, o lucro chega a R$ 15.000, ao ano. “Isso significa um salário de R$1.250 por pessoa/ano trabalhando num ambiente agradável”, ressaltou Leonel.
Levando em conta o princípio da sustentabilidade, o resíduo (esterco) do cultivo de cogumelo é usado para adubar as plantas aromáticas e medicinais. No total, são quinze toneladas de matéria orgânica por estufa/ano. “É adubo suficiente para três hectares dessas plantas. Uma economia que não tem preço, visto que o agricultor consegue diminuir o gasto com insumos químicos. Sem contar o benefício para o meio ambiente”, explicou o extensionista. Leonel informou ainda que a produção de cogumelos chega a 2.500 kg por produtor ao ano.
Os agricultores também estão cultivando salsinha, cebolinha, melissa, alcachofra, e ora-pro-nobis, entre outras espécies. As plantas são vendidas a empresas da região e o volume atinge 6.000 kg por produtor, ao ano. O total da receita bruta com a atividade chega a R$ 45.000, por ha/ano e alguns agricultores já estão beneficiando a produção nas propriedades.
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