quarta-feira, 4 de abril de 2018

Licopeno para a planta, licopeno para a saúde humana

Texto:
Ana Carolina Vaz - acadêmica de nutrição - Universidade de Taubaté
Carlos Miguel Baptista Gabas - acadêmico de agronomia - Faculdade Integral Cantareira
Marcos Roberto Furlan - professor Faculdade Integral Cantareira / Universidade de Taubaté

Licopeno para a planta

O licopeno (figura) é um carotenoide presente nos alimentos vermelho-alaranjados. Ocorre, por exemplo, em abundância no tomate (Lycopersicum esculentum), na melancia, na goiaba e no pimentão, dentre outros vegetais.
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Licopeno

Os carotenoides são amplamente encontrados na natureza. Não são produzidos pelos animais ou pelo ser humano, mas são sintetizados nas plantas e nos micro-organismos, onde desempenham funções essenciais como pigmentos para absorver luz violeta e azul-esverdeada. 

Nos vegetais, os carotenoides participam na fotossíntese e se destacam na fotoproteção. Conseguem absorver o excesso de energia luminosa, provocado pela exposição a pleno sol, e dissipá-la na forma de calor. A quantidade excessiva de energia danifica o processo fotossintético. 

Além das clorofilas "a" e "b", os carotenoides e as ficobilinas (encontradas em algumas algas), formam os pigmentos acessórios. Estes pigmentos absorvem a energia é a transfere para sítios bem definidos, localizados sobre as membranas tilacoides (conjunto de membranas internas dos cloroplastos), os chamados centros de reação.

Outro exemplo de função do licopeno é proporcionar uma cor atrativa para atração de animais, com objetivo de ajudar na dispersão das sementes da planta.

Licopeno para a saúde humana

O licopeno, composto apenas por carbono e hidrogênio (C46H56); é o único carotenoide que não tem atividade de vitamina A por falta da molécula beta-ionona.

Na saúde humana, é considerado como antioxidante pela sua capacidade de sequestrar o oxigênio singleto e capturar o radical peroxil, espécie reativa de oxigênio. Estas espécies reativas de oxigênio são produzidas durante o curso natural de nossa vida, cujo efeitos dessas espécies é o envelhecimento celular e morte. 

A partir de 1959, com alguns estudos em animais, foi demonstrado que o licopeno, apesar de não ser considerado nutriente essencial, é essencial para saúde celular. Níveis séricos mais elevados de licopeno reduzem o risco de alguns tipos de câncer, como, por exemplo, leucemia, endometrioma, células da mama e dos pulmões, e previne o desenvolvimento das células que já são tumorais, principalmente na mama, nos pulmões e cólon. O consumo de alimentos ricos em licopeno é indicado como tratamento dietético para indivíduos com câncer de próstata. 

O licopeno também está associado à prevenção da aterosclerose e menor risco de infarto do miocárdio por prevenir a oxidação da molécula de LDL e até aumentar a degradação de LDL, o que proporciona uma boa homeostase entre as lipoproteínas de baixa e alta densidade. 

Ainda não existe uma recomendação exata para ingestão do lcopeno, mas estima-se que seja de 5 a 6 mg/dia para atingir seus efeitos antioxidantes. 

REFERÊNCIAS 



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