Título: Allium
sativum L. na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares
Autores: Fabiana Campos Chagas, Jaqueline Fonseca Zanetti,
Vanessa Cruz de Oliveira, Raquel dos Santos Donatini
Textos retirados do artigo
A literatura disponível cita até o momento
cerca de trinta substâncias já isoladas do alho, sendo que a maioria dos
efeitos biológicos é atribuída aos compostos organossulfurados.
Entre as substâncias mais importantes estão aliina, alicina e ajoeno (Butt et al., 2009). O quadro 1 apresenta os compostos sulfurados e não-sulfurados já identificados no alho, bem como a respectiva atividade biológica de cada um deles.
Entre as substâncias mais importantes estão aliina, alicina e ajoeno (Butt et al., 2009). O quadro 1 apresenta os compostos sulfurados e não-sulfurados já identificados no alho, bem como a respectiva atividade biológica de cada um deles.
Os
bulbos desse vegetal contem elevadas quantidades de
g-glutamil-S-alil-L-cisteína e S-alil-L-cisteína sulfóxido (aliina) que são
considerados precursores de outras substâncias, pois sofrem reações por vias
separadas e dão origem a diferentes compostos (Khoo; Aziz, 2009).
A aliina, através da maceração ou esmagamento, é convertida em alicina pela ação da enzima aliinase. No caso de alho na forma de cápsulas, a aliina é convertida em alicina somente quando chega ao intestino. A alicina é bastante instável e se decompõe em compostos sulfurados, entre os quais se encontra principalmente o ajoeno (Turner; Molgaard; Marckmann, 2004).
Já o
g-glutamil-S-alil-L-cisteína é convertido S-alilcisteína, outra substância que
possui grande importância terapêutica (Amagase, 2006). Um esquema deste processo
está representado na figura abaixo.
Considerações finais dos autores
O levantamento dos estudos indicam que o alho
é um importante aliado contra as doenças cardiovasculares, quando associado a
uma dieta adequada e estilo de vida saudável. Seu uso é seguro, apresenta
toxicidade muito baixa e efeitos colaterais não significativos. Através de
mecanismos diversos sua ação é exercida por intermédio de determinadas
substâncias, as quais desempenham papel importante impedindo a formação de
radicais livres, reparando lesões ou protegendo a integridade da membrana
celular. Também há diminuição da hipertensão arterial provavelmente devido a
inibição da atividade da enzima conversora de angiotensina e sua ação como
hipolipemiante ocorre principalmente pela inibição da HMG-CoA redutase.
Através de uma análise de dados, percebe-se
que o alho possui ações benéficas sobre os parâmetros cardiovasculares, visto
que sua ação é mais acentuada quando consumido na forma crua.
Em contrapartida,
algumas divergências podem ser vistas nos estudos publicados, uma resposta a
esta questão seria relacionar os possíveis interferentes, tais como o ambiente
de plantio, que compreende o tipo de solo, o clima da região, período de
colheita e sazonalidade, também deve-se observar o modo de preparo da forma
farmacêutica, modo de conservação e prazo de validade, além da população
estudada, dose empregada e duração do estudo. Todas estas características podem
influenciar na concentração das substâncias ativas do alho que desempenham seus
efeitos benéficos.
Portanto para que o efeito cardiovascular benéfico do alho
seja comprovado é de extrema necessidade a realização de mais pesquisas
padronizadas, visto que a literatura disponível apresenta certas deficiências
metodológicas.
Texto completo no link:
http://eduep.uepb.edu.br/biofar/v7n2/alliumsativum.pdf
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