sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Dormir bem reduz deterioração da memória

Sono e memória

Dormir bem pode reduzir a deterioração da nossa memória à medida que envelhecemos.

Até agora não se sabia ao certo se as mudanças no cérebro, sono e memória eram sinais distintos do envelhecimento, ou se haveria uma conexão mais profunda entre eles.

Um novo estudo indicou agora que mudanças que ocorrem no cérebro com a idade prejudicam a qualidade do sono profundo, o que, por sua vez, diminui a capacidade do cérebro de aprender e armazenar memórias.

Com base nessas conclusões, a equipe pretende agora testar formas de melhorar o sono para interromper o declínio da memória.


O estudo, publicado na revista Nature Neuroscience, foi realizado por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley.

Dormir no tranco

"Vista em conjunto, a deterioração do cérebro leva à deterioração do sono que produz a deterioração da memória (geralmente solidificada na fase de sono REM, ou de movimentos rápidos dos olhos)," disse Matthew Walk, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.

"O sono de ondas lentas [sono profundo] é muito importante para solidificar novas memórias que você aprendeu recentemente. É como clicar o botão 'salvar' (no computador)", ele explicou.

A equipe disse não ser capaz de restaurar a região do cérebro desgastada pela idade, mas espera que algo possa ser feito em relação ao sono.

Por exemplo, é possível melhorar a qualidade do sono estimulando a região certa do cérebro com eletricidade durante a noite.

Estudos demonstraram que essa técnica pode melhorar o desempenho da memória em jovens.

Agora, os pesquisadores querem iniciar testes também com pacientes mais velhos.

"Você não precisa restaurar as células do cérebro para restaurar o sono", disse Walker. Ele disse que a técnica é uma forma de fazer o sistema "pegar no tranco".


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