Segunda-Feira, Dia 04 de Fevereiro de 2013
Muitas vezes, a Homeopatia é confundida com fitoterapia (tratamento através de plantas medicinais), pelo fato de também possuir remédios de origem vegetal, mas as diferenças são muitas. A Homeopatia, até algumas décadas atrás, era considerada apenas mais um sistema terapêutico em voga. Todavia, com um trabalho árduo, de mais de 20 anos de divulgação e com o apoio da Universidade Federal de Viçosa (UFV), estamos popularizando seu status de ciência do futuro.
A Homeopatia não é considerada ciência pelos seus opositores, justamente porque seus paradigmas e não dogmas se baseiam em leis universais que, paulatinamente, estão sendo descortinados pela física quântica, como os experimentos comprovando a memória da água. Por que ainda existe a crença, o mito de que se deve acreditar nela para que surta efeito? Justamente porque é uma ciência que trata integralmente o ser humano e todo o contexto que o rodeia, não se conseguindo dissociar o físico do espiritual.
Contudo, devemos ter em mente que mais de 30 teses de doutorado e pós-doutorado já foram defendidas sobre o uso da Homeopatia em plantas na UFV, instituição renomada em todo o país e detentora de referência sobre o assunto no mundo. Também a FAPEMIG, a EMBRAPA, entre outras, já comprovaram sua eficácia no controle de pragas e doenças das plantas e em animais.
Por vezes, a Homeopatia causa certo incômodo por exigir uma mudança de paradigma, exigindo que façamos uma análise profunda de nossa vida e que tomemos uma postura ética em relação, não somente aos humanos, mas também a todo o ecossistema vigente.
Primo il nocere (primeiro não lesar), conforme Hipócrates, é algo que o homeopata tem como meta em todas as suas ações, pois este princípio é seguido a risca na Homeopatia, desde o fabrico de seus remédios. Não há necessidade de destruir uma árvore ou consumir uma montanha para que tenhamos à disposição o remédio homeopático, basta um grão de ferro para se obter Ferrum metallicum para todos os seres do planeta.
Não há o elemento químico ferro presente, mas sua configuração energética, onde todas as suas propriedades químicas e físicas são preservadas. Não precisa matar um ser humano para ter uma amostra do DNA, apenas uma ínfima porção de tecido ou sangue contém a representação de todas as nossas características físicas, mentais e emocionais. Assim é a Homeopatia, com seus remédios feitos de todas as substâncias possíveis imagináveis que possuem a capacidade de melhorar o mundo e a vida de todas as espécies. Isto incomoda.
Quando este estímulo energético entra em contato com a energia vital do humano ou animal ou planta, tem o poder e a arte de estimular as defesas naturais daquele organismo, propagando seu padrão vibratório em muitos níveis e estimulando outros sistemas próximos, em cadeia, como é comprovado por meio do aumento da produção fitoquímica nas plantas, como os fitohormônios, e nos humanos por intermédio do incremento do sistema imunológico, aumentando a saúde física e os pensamentos, além das ações construtivas que beneficiam os outros seres humanos.
Esta ciência se embasada em leis naturais, sendo a mais importante o "Semelhante cura o semelhante" (Similia similibus curantur), conforme Hipócrates. Isto significa que uma substância que produz determinados sintomas mórbidos em uma pessoa saudável poderá ser utilizada para curar sintomas semelhantes em uma pessoa doente. Hahnemann, seu criador, também sentiu a necessidade de usar diluições, cada vez maiores, o que distancia a substância química da matéria. Entre cada diluição, o remédio deve ser vigorosamente sacudido, o ato de sucussionar, que é capaz de liberar a energia curativa daquela substância tornando-a ativa também em outros níveis.
A ciência convencional rejeita o conceito de energia vital ou "força vital", vitalismo, que é a base para a atuação do remédio homeopático.
Também é importante lembrar que, para se atingir um equilíbrio rápido e permanente, é indispensável estar predisposto à harmonização. Cada um deve perceber os hábitos nocivos a sua saúde física, mental, psicológica, emocional e energética e tentar modificá-los, procurando manter esta saúde em todos os níveis da vida, com o maior grau de consciência possível. O uso da Homeopatia, aliado a mudanças no estilo de vida, ajuda a equilibrar e reestruturar o ser humano, tornando-o cada vez mais harmônico e feliz.
A Homeopatia existe há mais de 200 anos e está, paulatinamente, ficando cada vez mais popular no Brasil e no mundo. Hoje em dia, é encontrada em quase todos os países. Na Europa, cerca de 40% dos médicos franceses a utilizam a Homeopatia: 40% dos holandeses; 37% dos britânicos e 20% dos alemães. Nos Estados Unidos, centenas de milhares de pessoas tomam remédios homeopáticos a cada ano, onde são encontrados livremente em lojas de produtos naturais. O avanço crescente está preocupando os grandes laboratórios que não querem perder seu espaço e, para tanto, de vez em quando preparam campanhas contra sua expansão na mídia mundial, o que somente ajudam a reforçá-la.
Eliete M M Fagundes, é professora convidada e coordena o Curso de Extensão de Homeopatia da Universidade Federal de Viçosa há 18 anos
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