quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Consumo exagerado de sódio contribui para a obesidade e outras doenças

13.08.2014
Crédito: Jack Hollingsworth/ Corbis

A estudante Thaís de Souza da Silva (23) está acima do peso porque não mantinha hábitos de vida saudáveis. “Comia muito fast food – pelo menos três vezes por semana. Também comia muita fritura, gordura e doces”, conta. Estes são alguns dos alimentos ricos em sódio, substância que, quando ingerida em excesso, auxilia no desenvolvimento da obesidade.

A Pesquisa Vigitel 2013 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) revela que 48,6% dos brasileiros avaliaram como médio seu nível de consumo diário de sódio. No entanto, no Brasil, estima-se o consumo médio de quase 12g por pessoa por dia, o que é mais do que o dobro do que a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de no máximo de 5 gramas ao dia. O Ministério da Saúde incentiva o uso moderado de sal no preparo dos alimentos e firmou um contrato com a Associação Brasileira das Indústrias Alimentares (ABIA), em 2011, para reduzir o teor de sódio em alimentos processados no Brasil. A expectativa é retirar, até 2020, mais de 28 mil toneladas de sódio do mercado brasileiro. 

As indústrias alimentícias reduziram 1.295 toneladas de sódio em três tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo, no período entre 2011 e 2012. A previsão é que esta redução se mantenha, alcançando mais de 1,8 mil toneladas até o fim deste ano. Esses ganhos na alimentação do brasileiro são resultados do Acordo de Cooperação firmado, em 2011, entre Ministério da Saúde e Associação das Indústrias da Alimentação (ABIA) para monitoramento do uso de sódio em alimentos industrializados.

O sódio regula a quantidade de líquidos que ficam dentro e fora das células. Quando há excesso do nutriente no sangue, ocorre uma alteração no equilíbrio entre esses líquidos sobrecarregando o coração e os rins, situação que pode levar à hipertensão. É importante alertar a população para a mudança de alguns hábitos alimentares, tanto no consumo de sal na hora das refeições quanto na escolha dos produtos nas gôndolas dos supermercados. "Ressaltamos ainda que não estamos banindo o consumo do sal, e sim, evitando o excesso, que é prejudicial à saúde”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Promoção da Saúde – Essas ações, assim como o incentivo à atividade física e a alimentação saudável, a prevenção da obesidade infantil nas escolas, orientações sobre a importância de parar de fumar e a expansão da assistência em doenças crônica, integram o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde. Lançado em 2011, a iniciativa visa prevenir e reduzir as mortes prematuras por diabetes, câncer, hipertensão e outras doenças do aparelho circulatório e respiratório. 

Fonte: Blog da Saúde, com informações da Agência Saúde

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