domingo, 19 de julho de 2015

Assembleia Socioanalitica e Portfólio de Medicamentos da Biodiversidade

26 Junho 2015 

Alunos do Curso de Especialização em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos, profissionais do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde de Farmanguinhos (NGBS) e convidados promoveram (25 e 26/06) a atividade “Assembleia Socioanalítica - Elaboração do Portfólio Nacional de Projetos de Inovações de Medicamentos da Biodiversidade – RedesFito”. A atividade aconteceu no Instituto de Tecnologia em Fármacos, unidade da Fiocruz, em Jacarepaguá-RJ.

Segundo a coordenadora do curso, Regina Nacif, a assembleia foi um momento para compartilhar conhecimento e um exercício para a elaboração do Portfólio Nacional de Projetos de Inovação em Medicamentos da Biodiversidade. O evento foi organizado pelos alunos com a orientação dos professores Patrice Ville e Christiane Gillon, da Universidade Paris VIII e Maria da Conceição Monteiro, responsável pelo projeto Socioanálise – NGBS/Fiocruz.

A Assembleia foi aberta pelos alunos e teve como convidados palestrantes o Coordenador do NGBS, Glauco Villas Bôas , que abordou o tema “O portfólio Nacional de Inovação em medicamentos da biodiversidade: uma ação em rede”; o professor da UFRJ, Jose Eduardo Cassiolato, que palestrou sobre “A Perspectiva da Sustentabilidade nas Políticas de CT&I no Brasil” e a representante da Centroflora, Candice Baloni, falando sobre “A biodiversidade na inovação farmacêutica.

O que é o Portfólio

De acordo com Villas Bôas, o portfólio é um projeto das RedesFito que tem como objetivo organizar novos projetos para o desenvolvimento de medicamentos da biodiversidade, elaborados com a participação e cooperação das cadeias produtivas e de desenvolvimento tecnológico de cada bioma brasileiro.

Glauco explica que, apesar da crise econômica, o contexto é favorável para a produção e o desenvolvimento tecnológico, voltados aos medicamentos da biodiversidade. “Verifica-se mais do que uma janela de oportunidade, uma verdadeira pressão de transformação em curso, especialmente depois de 2012 (Rio+20), quando os riscos trazidos pelas mudanças climáticas foram reconhecidos e a sustentabilidade passou a ocupar um lugar estratégico nas agendas dos governos”.

As vertentes evolucionárias apontam, há décadas, para o “esverdeamento” da economia. Considerando a teoria dos paradigmas tecnológicos estaríamos numa transição para o paradigma verde. O Brasil é um país mega diverso com o potencial de liderar um caminho direcionado para o conhecimento da biodiversidade, o aprendizado e a inovação. As estratégias traçadas para as políticas de CTI&S apontam para a sustentabilidade, reservando um amplo espaço para a discussão da biodiversidade brasileira, ressalta Glauco.

O resultado das discussões e as propostas feitas durante a Assembleia serão sistematizadas por biomas e encaminhadas como sugestões à Presidência da Fiocruz.
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