A espécie Bidens pilosa é uma das plantas espontâneas mais conhecidas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, principalmente pela fama de causar irritação nas pessoas quando grudam em suas roupas.
É denominada popularmente por picão-preto, amor-seco, macela-do-campo, carrapicho-de-duas-pontas e fura-capas, dentre vários outros.
Apesar de ser classificada como planta daninha ou invasora, tem sido pesquisada quanto às suas propriedades terapêuticas.
1. Planta anual, de ciclo curto. Em um ano pode ter duas a três gerações e floresce e frutifica o ano todo. Dependendo do solo e da competição com outras espécies, pode ultrapassar mais de 1,0 m de altura.
2. No campo, vamos encontrar espécies ou variedades que não são fáceis de serem classificadas. Segundo Lorenzi (2000), a Bidens subalternans possui aquênios com 4 aristas enquanto a B. pilosa possui 2 a 3 aristas. Há também a Bidens alba, com usos e aspectos semelhantes. Todas estas são denominadas popularmente por picão-preto.
3. Seu principal uso tradicional mais comum é no banho de bebês para tratamento da icterícia. Como medicinal sempre foi usada pelos povos indígenas da Amazônia. Seus outros usos na medicina popular são vários, como, por exemplo, para tratamento de diabetes, desinteria, verminose e infecções urinárias.
4. Em animais, alguns produtores adicionam na alimentação dos mesmos para desintoxicação devido ao uso de produtos químicos.
5. Também pode ser consumida como alimento, mas antes de florescer ou frutificar. (https://sites.google.com/site/florasbs/asteraceae/picao)
6. É uma espécie conhecida tanto como alimento como medicamento em muitas regiões do mundo, com destaque para a Ásia (http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/12870).
7. Apresenta rica constituição química: flavonoides, terpenos, esteróis, ácidos, sais minerais, lipídios (http://quintaisimortais.blogspot.com.br/2013/06/o-picao-preto-bidens-pilosa-na-medicina.html).
8. Uma planta pode produzir milhares de sementes, as quais se mantem viáveis por um longo período. Cada planta produz de 80 a 100 flores, com um potencial de produção de 3 000 plantas (http://www.plantasmedicinales.org/archivos/bidens_pilosa___monografia_portugues.pdf).
9. Altas infestações podem ocasionar decréscimos de até 30% na produtividade; planta hospedeira de fungos, nematóides e vírus (http://panorama.cnpms.embrapa.br/plantas-daninhas/identificacao/folhas-largas/picao-preto-bidens-pilosa).
10. Na literatura científica encontramo revisões sobre os aspectos terapêuticos da espécie:
Referência
LORENZI, H. Plantas medicinais do Brasil - nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
Texto
Marcos Roberto Furlan - Engenheiro Agrônomo
Maria Beatriz da Silva Pereira - Acadêmica do curso de Engenharia Agronômica - UNITAU
Fotos: Bidens pilosa
Autoria: Paulo Schwirkowski
Link das fotos:
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