A pesquisa “O estudo fitoquímico e avaliação antinociceptiva
e anti-inflamatória da planta Erytrhina mulungu”, da mestre em Ciências pela
Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Mariana Santos Gomes de Oliveira, virou
um capítulo em um livro científico editado na Croácia e lançado
internacionalmente no último mês de fevereiro. A planta mulungu na medicina
popular é utilizada com ação anti-inflamatória para o combate a diversas
doenças, e o capítulo elaborado pela pesquisadora alagoana tem como tema “Uma
revisão fitoquímica e etnofarmacológica do gênero Erythrina”.
A boa aceitação do livro intitulado de Phytochemicals -
A Global Perspective of Their Role in Nutrition and Health (Fitoquímicas – Uma
Perspectiva Global e seu Desenvolvimento em Saúde e Nutrição), no mundo
científico é destacada pela pesquisadora Mariana Gomes devido aos mais de 200
acessos registrados na internet em menos de um mês do lançamento, a maior parte
deles feita pelos Estados Unidos, China e Brasil .
O livro é composto por 26 capítulos e o artigo da
pesquisadora alagoana, em inglês, pode ser acessado pelo link http://www.intechopen.com/articles/show/title/a-phytochemical-and-ethnopharmacological-review-of-the-genus-erythrina.
“Ter um capítulo em um livro de publicação internacional
significa um reconhecimento ao meu trabalho e à minha contribuição científica
às pesquisas nas áreas de Saúde e Nutrição. Agradeço especialmente ao meu
orientador do mestrado, professor João Xavier, pelo estímulo recebido”, frisa
Mariana, informando que fez uma ampla consulta tanto na literatura relacionada
ao estudo biológico quanto na literatura popular. Também são co-autores do
capítulo do livro os professores Antônio Euzébio Goulart Sant'Ana, do Instituto
de Química e Biotecnologia (IQB), Magna Suzana Alexandre Moreira, do Instituto
de Ciências Biológicas (ICBS) e o mestrando Pedro Gregório Vieira Aquino, do
IQB.
Testes comprovam eficiência
Testes comprovam eficiência
A pesquisadora Mariana Oliveira informa que os estudos
científicos realizados durante dois anos para comprovarem os efeitos analgésicos
e anti-inflamatórios da planta Erythrina mulungu obedeceram quatro fases com
minuciosos testes em camundongos. A pesquisa para o isolamento dos
constituintes da planta foi no Laboratório de Pesquisas em Recursos Naturais,
do IQB, coordenado pelo professor Euzébio Goulart S'Antana, e os testes em
camundongos, com a inoculação de extratos de várias partes da planta mulungu
para avaliar o potencial do anti-inflamatório da planta, ocorreram no
Laboratório de Farmacologia e Imunidade do ICBS, coordenado pelaa professora
Magna Suzana Moreira.
Uma das fases do estudo científico para a comprovação da
eficiência da planta mulungu foi o teste da contorção abdominal dos
camundongos, denominado cientificamente como teste de provocação da nocicepção
(dor), induzida por ácido acético. “Por via oral aplicou-se nos animais o
extrato da planta e após 40 minutos injetou-se o ácido acético por via
intraperitonial [abdômen], para observarmos, após dez minutos, quantas vezes os
camundongos se contorciam e constatamos o efeito positivo da planta na redução
da dor”, explica Mariana.
Ela acrescenta que também constou da pesquisa o teste
denominado de ensaio de nocicepção induzida por formalina, que é uma substância
causadora do processo inflamatório e dor, aplicada por via subcutânea na pata
traseira dos camundongos. “Identifica-se a dor causada pela formalina pelas
lambidas do animal na pata. Outro teste realizado foi o de provocação de
peritonite nos camundongos e em ambos os casos comprovou-se a eficácia da
planta mulungu no combate a dor e ao processo inflamatório”, afirma a
pesquisadora Mariana.
Link para o artigo completo: http://sertao24horas.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=4795:pesquisa-com-planta-mulungu-integra-livro-editado-na-croacia-&catid=42:maceio&Itemid=295
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