Depois da cebolinha e da salsinha, e do coentro no Norte e
Nordeste, o condimento mais utilizado no país é o manjericão-comum. A facilidade de seu cultivo contribui para sua
ampla utilização, pois basta um local ensolarado e solo com matéria orgânica.
A planta do texto é o manjericão-comum ou a alfavaca (Ocimum
americanum L.), mas é bom detalhar para ter certeza de qual se trata, para
que não ocorram confusões. Esta variedade é a mais fácil de ser encontrada nos
quintais em quase todos os Estados brasileiros, devido a sua rusticidade. Suas folhas são pequenas, não mais que 3 cm de comprimento, de
formato ovalado, e sua altura varia de 0,5 a 1,0 m .
No Brasil, dependendo do local, são utilizados
principalmente esses dois nomes populares para denominar a espécie deste artigo,
mas, no nosso Vale do Paraíba ambos são mencionados, o que gera uma pequena
confusão. Outro problema, tanto aqui quanto nas demais regiões brasileiras, é
que são vários os tipos, o que complica sua certeira denominação científica.
São tantos os cultivares ou as variedades (alguns pesquisadores citam mais de
100), que se recomenda usar uma forma de classificá-los, que pode ser quanto ao
aroma (pois têm os tipos anis, canela, cânfora, cravo, doce, limão), ou quanto à
cor (verde e roxo; além dos variegados).
Há cultivares comerciais do gênero Ocimum, principalmente da espécie O. basilicum, com coloração verde escura,
verde clara, púrpura, verde com manchas púrpuras e na forma crespa ou lisa, por
exemplo. Alguns possuem nomes interessantes, como os de folha roxa; Purple
ruffles e Purple castle; outros são famosos na culinária, como o
Genovese (manjericão do molho Pesto) e o Toscano. Esta variação dificulta a
interpretação de resultados de pesquisa, quando há menção apenas da espécie.
Com relação ao cultivo, uma dica é, que quando começar a secar seus galhos,
recomenda-se replantar em outro local, e a muda pode ser feita de estacas retiradas
do próprio galho. Outra é que se retirar as flores, que também podem ser usadas
como condimentos, a planta fica com mais biomassa, ou seja, produz mais área
foliar. A falta de água e o inverno rigoroso podem contribuir para que tenha um
menor ciclo de vida.
Suas folhas são usadas para cozimento de legumes e recheio de aves. Peixes
ficam deliciosos quando deixados descansar em molho com limão, manjericão,
cebola e salsa. Tempera bem carnes assadas. Usa-se para aromatizar vinagres. No
caldo de verduras, dá mais sabor e força às sopas e às carnes.
Na culinária, algumas dicas: como no cozimento o seu aroma é perdido,
recomenda-se picar as folhas e espalhá-las sobre o alimento quente ou frio; no
prato cozido, deverá ser acrescentado um pouco antes de servi-lo e, para sua
conservação, deverá ser picado e misturado com uma pequena quantidade de óleo
de oliva.
Nas indústrias é usado como aromatizante de alimentos e bebidas, e seu óleo
volátil possui ações inseticidas, agindo como repelente de insetos. Na medicina
popular, suas folhas e flores são utilizadas no preparo de chás para ações
tônicas e digestivas, sendo comumente indicadas também para problemas
respiratórios e reumáticos.
Na área da Medicina Veterinária seu uso se deve principalmente à sua ampla ação
antimicrobiana. Já foi testado com eficácia contra os microorganismos Staphylococcus
aureus, Salmonella cholleraesuis e Escherichia coli.
Autores do texto: Marcos Roberto Furlan e acadêmica de veterinária Daniele Danezi Savio
Publicado em: http://www.jornalinoff.com.br/
Manjericão dá um sabor especial nos alimentos, eu adoro. O difícil é realmente identificá-los.
ResponderExcluirVerdade, e só há dois centros de pesquisa em todo o mundo que são especializados na identificação dos Ocimuns.
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