segunda-feira, 30 de junho de 2014

Maus-tratos a animais silvestres em atividades turísticas é tema de campanha do Ibama na Amazônia

O Ibama, em parceria com o Amazonas Tur, lança na região da Amazônia a campanha de combate ao uso ilegal de animais silvestres com o tema “Não incentive o turismo que maltrata os animais”, visando a prevenir crimes ambientais durante a Copa do Mundo de Futebol.

A campanha pretende, principalmente, alertar turistas e moradores locais sobre a ilegalidade e os prejuízos ambientais e sociais decorrentes do uso ilegal de animais silvestres em atividades turísticas, especialmente, na região metropolitana de Manaus/AM.

“A região amazônica tem grande vocação para o ecoturismo. Muitos turistas que chegam ao Amazonas vêm para conhecer nossa biodiversidade, nossas florestas, nossos rios e também nossa fauna. Por isso, é importante que participem de práticas sustentáveis de turismo, não o contrário. A exposição e o manuseio de animais sem critérios e sem autorização são exemplos de práticas de ecoturismo não responsável e ilegal. Portanto, devem ser evitadas e denunciadas”, diz o superintendente do Ibama do Amazonas, Mário Lúcio da Silva Reis.

O Ibama divulga também algumas regras e orienta os turistas, moradores e prestadores de serviço para que não tenham problemas com os órgãos de fiscalização que atuarão com mais intensidade durante o período da Copa:

1 – Conforme Lei Federal nº. 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), é proibido vender, comprar, transportar ou utilizar animais da fauna silvestre brasileira ou seus subprodutos sem autorização e origem legal.

2 – No Amazonas, atualmente, não existe estabelecimento autorizado a comercializar aves silvestres, como papagaios, araras e periquitos. Também, não existem estabelecimentos autorizados a vender macacos, iguanas, pássaros, serpentes, borboletas, aranhas, escorpiões etc. Assim, animais e também ovos vendidos em feiras, lojas, praças ou ruas são ilegais. Quem vende, compra ou utiliza animal silvestre ilegalmente está sujeito a multas de R$ 500,00 ou R$ 5.000,00 por animal.

3 – Não compre artesanato, bijuterias ou adornos feitos com partes de animais silvestres, como penas, dentes, peles, couros, ossos e asas de borboleta.

4 – Não tire fotos ao lado de pessoas que ofereçam animais silvestres, mesmo que pareçam mansos. Não dê dinheiro a essas pessoas. Essa atividade é ilegal e prejudicial os animais, o meio ambiente e muitas vezes as próprias pessoas envolvidas.

5 – A caça é proibida no Brasil. Logo, quem come carne de caça (tatu, veado, paca, peixe-boi) estimula o comércio ilegal e também está sujeito a multas e outras penalidades.

Fonte: Ascom/Ibama

EcoDebate, 30/06/2014

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