Especialista em políticas públicas ambientais do Instituto Socioambiental, Mauricio Guetta questionou há pouco os participantes da comissão geral que discute a atual crise hídrica brasileira, no Plenário da Câmara: “Como é possível um País que detém uma das maiores reservas de água doce do mundo estar passando por tamanha escassez desse recurso?”.
Segundo Guetta, contribuem para crise hídrica do País o desmatamento da Amazônia, retrocessos no Código Florestal e a falta de novas demarcações de terras indígenas. “Precisamos zerar o desmatamento na Amazônia e entender a relevância das terras indígenas na regulação climática e dos recursos hídricos brasileiros”, disse Guetta.
Ministério
Representando a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Ney Maranhão, destacou a importância de que o enfrentamento à crise hídrica seja feito em várias frentes. “Temos que atuar não apenas nos problemas que envolvem a oferta de água, mas também na demanda, na regulação do consumo”, afirmou Maranhão, em referência aos maiores consumidores de água e a eventuais desperdícios do recurso.
Para ele, a escassez de água no Sudeste está relacionada ao modelo de desenvolvimento adotado. “No caso do Sudeste, esse modelo chega à exaustão devido ao tamanho da população e à grande quantidade de indústria e da atividade agropecuária”, disse.
Reportagem – Murilo Souza
Edição – Daniella Cronemberger
Fonte: Agência Câmara Notícias
Publicado no Portal EcoDebate, 05/03/2015
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