É bom saber que o trabalho de propôr as interações entre medicamentos sintéticos/isolados e as plantas medicinais, sejam essas na forma de especiarias, temperos, nutracêuticos ou até mesmo como medicamentos, fazem parte de muitos artigos publicados atualmente, pois fica cada vez mais comprovado que após nos esclarecemos sobre o assunto bem sabemos que o efeito sinérgico proporcionado por essas interações no uso racional com cautela promove um resultado terapêutico de espectro muito mais amplo. Recentemente foi publicado um artigo onde se observou em humanos diabéticos tipo II obesos que o uso associado de metformina (500 mg) + extrato sêco de alho (250 mg) de 2-3x/dia após as principais refeições apresentou uma redução significativa nas glicemias em jejum e pós-prandial (após as refeições) em comparação com os indivíduos tratados somente com a metformina (500 mg) de 2-3x/dia após as refeições. Houve também um queda significativa nos níveis de colesterol total, triglicerídeos, LDL, proteína-C-reativa e adenosina deaminase (fatores agravantes da aterogênese – processo que resulta na aterosclerose) e um aumento significativo de HDL (fator atenuante da aterogênese) em indivíduos que associaram metformina + extrato sêco de alho em comparação com aqueles que administraram somente metformina nas doses acima mencionadas (Diabetes, Metabolic Syndrome and Obesity: Targets and Therapy 2013:6). Sem falar de outros efeitos presentes no alho, como antioxidante, por exemplo, que auxiliam nesse quadro clínico. É importante lembrar que mesmo ao associar esses dois hipoglicemiantes não houve, “ nesse caso “, a necessidade de mudar as doses de metformina, dúvida essa que muitos profissionais da área da saúde possuem ao associar um alimento/nutracêutico (nesse caso que apresenta uma grande margem de segurança) a um medicamento já prescrito por outro profissional.
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