segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sustentabilidade da Haveicultura em São Paulo, por Sérgio Gomes Tôsto, Lauro Charlet Pereira, João A. de Carvalho Mangabeira e Cristina Aparecida Gonçalves Rodrigues

Fotos: Seringal consorciado com palmito e sangria do látex da seringueira. Autor: Paulo de Souza Gonçalves

[EcoDebate] A cultura da seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Muell-Arg.] é a maior fonte de borracha natural, utilizada em vários segmentos do transporte, indústria, material bélico e outros, existindo no mercado global mais de 40 mil artigos que são constituídos por este produto, sendo considerado estratégico para o desenvolvimento econômico de qualquer país.

A produção mundial de borracha natural em 2011 foi de 10.974 milhões de toneladas, para um consumo de 10.924 milhões de toneladas, projeções mostram que em 2020 o país poderá produzir somente 250 mil toneladas de borracha natural diante de um consumo potencial de 500 mil toneladas.

O Estado de São Paulo é o maior produtor nacional ofertando cerca de 53% de toda borracha natural brasileira porém, o país importa quase que o equivalente a 60% da borracha natural para abastecer o mercado interno.

Há uma tendência muito forte em São Paulo do crescimento da atividade heveícola e os impactos econômicos, sociais e ambientais em explorações de monocultura tem sempre causado polêmica e manifestações da sociedade em geral, preocupada com esses impactos, assim sendo e visando contribuir com o setor da heveicultura no Estado de São Paulo, a Embrapa Monitoramento por Satélite com a Embrapa Meio Ambiente, UNICAMP, IAC, Universidade Estadual de Santa Cruz-BA, IBGE/RJ, ESALQ, APRABOR (Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha) e a NOROBOR (Associação Paulista de Produtores de Borracha do Noroeste Paulista), aprovou o projeto de pesquisa: “Sustentabilidade, competitividade e valoração de serviços ecossistêmicos da heveicultura em São Paulo com uso de geotecnologias” para o período de 2014 a 2016. Assim, estudos sobre a dinâmica do uso e cobertura das terras, estimativas de biomassa, identificação da assinatura espectral das fenofases da cultura, evapotranspiração com o uso de imagens de satélite aliados ao mercado de carbono, valoração de serviços ecossistêmicos, dinâmica da mobilidade de aves e mamíferos nos seringais, formarão um conjunto de estudos que incorporados às questões econômicas, sociais e ambientais permitirão com mais acurácia, interpretações sobre os aspectos da sustentabilidade e competitividade deste importante setor agrícola.

As ações de Transferências de Tecnologias utilizarão ferramentas como WebSite e WebGIS que servirão como portal de acesso ao banco de dados das informações prontamente disponibilizadas ao publico em geral, contribuindo assim, para o fortalecimento da cadeia produtiva da heveicultura paulista como um todo.

Sérgio Gomes Tôsto – Engº Agrônomo, Pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Dr. Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente, líder do projeto, e-mail: sergio.tosto@embrapa.br

Lauro Charlet Pereira – Engº Agrônomo, Pesquisador da Embrapa Meio Ambiente, Dr. Planejamento e Gestão Ambiental, e-mail: lauro.pereira@embrapa.br

João A. de Carvalho Mangabeira – Engº Agrônomo, Pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Dr. Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente e-mail: joao.mangabeira@embrapa.br

Cristina Aparecida Gonçalves Rodrigues – Zootecnista, Pesquisadora da Embrapa Monitoramento por Satélite, Dra. Biologia Vegetal, email: cristina.rodrigues@embrapa.br

EcoDebate, 25/11/2013
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