2014 é Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF). A declaração foi feita pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e tem o objetivo de estimular as políticas agrícolas, ambientais e sociais no país.
No entendimento da Organização das Nações Unidas, o AIAF 2014 promoverá uma ampla discussão e cooperação no âmbito nacional, regional e global para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam e ajudar a identificar maneiras eficientes de apoiar os agricultores familiares.
De acordo com a FAO, uma série de fatores que são fundamentais para o bom desenvolvimento da agricultura familiar, tais como: condições agroecológicas e as características territoriais; ambiente político; acesso aos mercados; o acesso à terra e aos recursos naturais; acesso à tecnologia e serviços de extensão; o acesso ao financiamento; condições demográficas, econômicas e socioculturais; disponibilidade de educação especializada; entre outros.
Para a agricultora e coordenadora nacional do Movimento de Mulheres Camponesas, Rosângela Piovizani, a declaração da FAO reforça a importância do papel socioeconômico, ambiental e cultural da agricultura familiar e camponesa.
O Brasil, na opinião da agricultora, tem um grande potencial de produzir comida, mas falta uma política de desenvolvimento rural concreto que possibilite a produção e valorização do agricultor. “Tivemos políticas interessantes como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), mas temos desafios a vencer, tais como, a efetivação da reforma agrária, a falta de investimentos no setor e o uso de agrotóxicos”, avalia Rosângela, para quem essas questões dificultam a produção do pequeno agricultor.
“Penso que temos que fazer um desenvolvimento para dentro e matar a fome do povo brasileiro”, disse a agricultora. “Fazer a reforma agrária significa destinar terras não só para a produção, mas também para moradia e lazer. Isso vai desonerar o estado e repercutir em outros setores como a saúde, educação e a segurança”, destaca a agricultora.
Agricultura familiar camponesa - A agricultura familiar consiste em um meio de organização das produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola que são gerenciadas e operadas por uma família e predominantemente dependente de mão-de-obra familiar, tanto de mulheres quanto de homens.
Por que a agricultura familiar camponesa é importante?
Está vinculada à segurança alimentar mundial
Preserva os alimentos tradicionais
Protege a agrobiodiversidade e defende o uso sustentável dos recursos naturais
Representa uma oportunidade para impulsionar as economias locais
Promove a saúde e o bem-estar das comunidades
Data: 10.01.2014
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