Apesar dos efeitos terapêuticos sinérgicos dos constituintes das preparações vegetais serem frequentemente relatados, poucos trabalhos científicos elucidam os mecanismos envolvidos nesses efeitos. Essa é a principal razão na qual profissionais de saúde mais céticos baseiam os seus argumentos sobre a não-existência de segurança e de eficácia nessas ferramentas terapêuticas. A exemplo de um estudo realizado em Rizoma Coptidis, conhecido na medicina tradicional chinesa como Huang Lian, com o nome botânico de Coptis chinensis Franch. – Ranunculaceae podemos observar na figura em anexo alguns dos mecanismos relacionados aos efeitos desejados no tratamento do diabetes e seus agravantes assim como o efeito sinérgico resultante dessa associação, a segurança e a eficácia de uso das preparações tradicionais chinesas na forma de chás e sopas, valorizando assim a extração não somente dos alcaloides (ex.: palmatina, berberina, epiberberina, coptisina, jatrorrizina) como também dos constituintes mais polares (ex.: ácido ferúlico e colina) dessa raiz, alcançando-se assim um aumento no efeito antidiabético e diminuição na toxicidade de maneira sinérgica. Os principais mecanismos relacionados aos efeitos presentes em preparações elaboradas de plantas e administradas de forma adequada podem ser compreendidos através: (1) de constituintes diferentes que podem regular tanto o mesmo como diferentes alvos em diversas rotas de ação havendo assim uma cooperação para surtir um agonismo sinérgico final; (2) da regulação das enzimas e dos transportadores envolvidos nos metabolismos hepáticos e intestinal melhorando assim a biodisponibilidade dos fármacos; (3) da superação dos mecanismos de resistência presentes em células cancerígenas e microorganismos; (4) da diminuição e até a eliminação dos efeitos adversos assim como a melhora da potência de fármacos isolados/sintéticos em interações medicamentosas racionais.
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