domingo, 28 de junho de 2015

Chocolate e os benefícios cardiovasculares

D’EL-REI, J.; MEDEIROS, F. Chocolate e os Benefícios Cardiovasculares. Rev. Hospital Univ. Pedro Ernesto, v.10, n. 3, 2011. Disponível em: http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=94. Acesso em: 28 de jun. 2015.

Artigos de Revisão

Jenifer D'El Rei1
Fernanda Medeiros2

1. Nutricionista da Clínica de Hipertensão Arterial e Doenças Metabólicas Associadas (CHAMA) Dep. Clínica Médica, UERJ.
2. Professora Adjunto do Departamento de Nutrição Aplicada, UERJ.

Departamento de Clínica Médica, Hospital Universitário Pedro Ernesto
Av. 28 de Setembro, 77/sala 329, Vila Isabel
Rio de Janeiro - RJ. CEP 20551-030
Telefone: (21) 2868-8484
Email: jeniferdelrei@gmail.com.br

Resumo

Os hábitos alimentares apresentam-se como marcadores de risco para doenças cardiovasculares, na medida em que o consumo elevado de colesterol, lipídios e ácidos graxos saturados somados ao baixo consumo de fibras, participam na etiologia das dislipidemias, obesidade, diabetes e hipertensão. Recentes pesquisas têm apresentado uma relação inversamente proporcional entre doenças cardíacas e o consumo de alimentos como chás, soja e seus derivados, uva e vinho tinto, e mais recentemente o cacau e o chocolate. Estes alimentos têm em comum o fato de serem ricos em flavonóides, substâncias responsáveis por efeitos cardioprotetores. Nesta revisão, foram inseridas publicações envolvendo como intervenção: cacau, chocolate amargo ou flavonóides, utilizando como palavras chaves: cacao, cocoa, chocolate, dark chocolate, vascular health, hypertension tendo como base de dados o Medline publicados entre 1997 a 2011. O cacau-chocolate tem mostrado, segundo pesquisas recentes, exercer um efeito benéfico sobre a saúde cardiovascular. Este efeito pode ser exercido de diversas maneiras: melhorando função plaquetária e sensibilidade à insulina, controlando pressão arterial, reduzindo agregação plaquetária e atuando no sistema antioxidante. Assim, o cacau-chocolate poderia ser utilizado como um adjuvante na dietoterapia das doenças cardiovasculares.

Descritores: Cacau; Chocolate; Flavonoides; Doenças cardiovasculares.

Abstract

Dietary habits are presented as risk markers for cardiovascular disease to the extent that high intakes of cholesterol, lipids and saturated fatty acids added to low-fiber participate in the etiology of dyslipidemia, obesity, diabetes and hypertension. Recent studies have shown an inverse relationship between heart disease and consumption of foods like tea, soy and its derivatives, grape and red wine, and more recently cocoa and chocolate. These foods have in common that they are rich in flavonoids, substances responsible for cardioprotective effects. In this review, we included the following terms as intervention involving publications: cocoa, dark chocolate or flavonoid, using as keywords: cacao, cocoa, chocolate, dark chocolate and vascular health, hypertension on the basis of Medline published from 1997 to 2011. According to recent surveys, the cocoa-chocolate has shown a beneficial effect on cardiovascular health. This effect can be exercised in several ways by improving platelet function and insulin sensitivity, controlling blood pressure, reducing platelet aggregation and acting on the antioxidant system. Thus, the cocoa-chocolate could be used as a dietary adjunct in the treatment of cardiovascular diseases.

Keywords: Cocoa; Chocolate; Flavonoids; Cardiovascular diseasesds; Cardiovascular diseases.

Introdução

Os hábitos alimentares apresentam-se como marcadores de risco para doenças cardiovasculares, na medida em que o consumo elevado de colesterol, lipídios e ácidos graxos saturados somados ao baixo consumo de fibras, participam na etiologia das dislipidemias, obesidade, diabetes e hipertensão1. Recentes pesquisas têm apresentado uma relação inversamente proporcional entre doenças cardíacas e o consumo de alimentos como chás, soja e seus derivados, uva e vinho tinto, e mais recentemente o cacau e o chocolate. Estes alimentos têm em comum o fato de serem ricos em flavonóides, substâncias responsáveis por efeitos cardioprotetores2-4.

Metodologia 

Foram inseridas no artigo revisões sistemáticas, narrativas, ensaios clínicos randomizados, ensaios in vitro envolvendo como intervenção: cacau, chocolate amargo ou flavonóides, utilizando como palavras chaves: cacao, cocoa, chocolate, dark chocolate, vascular health, hypertension tendo como base de dados o Medline publicados entre 1997 a 2011. Um total de 29 publicações foram selecionadas.

Chocolate e polifenóis 

O chocolate é um produto oriundo do processamento das sementes do cacau. Considerado atualmente uma das grandes fontes alimentares de polifenóis, contribuindo significativamente na dieta para a ingestão destes potentes compostos antioxidantes. De acordo com um estudo publicado em 2003, o chocolate é um dos produtos mais consumidos no Brasil e no mundo5.

A fabricação do chocolate se inicia com o processamento das sementes de cacau. A cultura do cacau é considerada artesanal, pois necessita de mão de obra ao longo de toda sua produção. O processamento das sementes passa por três principais etapas: colheita, fermentação e secagem.

Cada semente contém uma quantidade significativa de gordura (40-50% de manteiga de cacau) e polifenóis, que compõem cerca de 10% do peso seco do grão inteiro (as concentrações de epicatequina do grão recém-colhido variam entre de 21,89 - 43,27 mg / g de matéria seca quando avaliadas as amostras desengorduradas).

O ácido oleico, gordura monoinsaturada, constitui cerca de 33% da composição da manteiga de cacau. Outros 33%, compõem-se de ácido esteárico que, embora saturado, é metabolizado no corpo humano em ácido oléico e, por isso teria um efeito neutro nos níveis de colesterol sérico. Em contrapartida, o chocolate possui, ainda, uma proporção de gordura saturada sob a forma de ácido palmítico3.

Os polifenóis são micronutrientes presentes nos alimentos de origem vegetal, sendo o chocolate uma boa fonte. Estas substâncias estão presentes nas plantas como um sistema de defesa destas às agressões como ataque de pragas e radiação ultravioleta, constituindo uma linha de defesa do vegetal6.

Os flavonóides pertencem a uma classe de polifenóis que apresentam uma estrutura química básica comum com dois anéis aromáticos que são ligados por três átomos de carbono que formam um heterociclo oxigenado. No entanto, podem ainda ser divididos em subclasses, de acordo com grau de oxidação do oxigênio heterocíclico em: flavonóis, flavonas, isoflavonas, flavanonas, antocianidinas e flavanóis6.

Entre os flavonóides presentes no cacau/chocolate destaca-se a subclasse flavan-3-óis ou flavanóis, incluindo as formas monoméricas de epicatequina e catequina, junto com os oligômeros procianidinas (construídos a partir destes monômeros7.

Independentemente do processo de fabricação aplicado e matéria-prima utilizada para produzir o chocolate, o flavanol é o flavonóide mais abundante presente no chocolate, além de ser um dos alimentos fontes deste flavonóide, como observado no Quadro1.
Em particular, o chocolate ao leite apresenta uma concentração de flavanol menor que o cacau em pó e que o chocolate amargo.8 Isto se explica, pois o percentual de cacau envolvido no preparo dos diferentes tipos de chocolate, não é igual. O chocolate branco, que em algumas literaturas nem é considerado como chocolate, contém aproximadamente 4% de cacau (só possui na sua composição a manteiga do cacau); o chocolate ao leite contém aproximadamente 30% de cacau; o chocolate meio amargo, 41% de cacau e o chocolate amargo, com percentual de cacau elevado, contêm 70% ou mais de cacau (www.hersheys.com.br).

O cacau em pó apresenta cerca de dez por cento do seu peso composto de flavonóides. Já o seu subproduto, o chocolate amargo, apresenta em sua composição 53,5 mg de catequina em 100g de chocolate, ao passo que o chocolate ao leite apresenta 15,9 mg / 100g 9.

As procianidinas também chamadas de taninos condensados são dímeros, oligômeros e polímeros de catequinas que são unidas por ligações entre C4 e C8 (ou C6). Os quais podem formar complexos com as proteínas salivares, sendo responsáveis pela adstringência de certas frutas e pelo sabor amargo do cacau6.

Em humanos, os flavonóis, apresentam boa estabilidade e tolerância ao pH ácido do estômago, alcançando o intestino delgado onde será absorvido. Apresentam um pico plasmático de concentração em 2 a 3 horas após a ingestão de maneira dose- dependente permanecendo mensurável em até 8 horas após a sua ingestão. Associado a isto, aumentam também a capacidade antioxidante do plasma10,11.

No entanto, estes efeitos podem ser, marcadamente, reduzidos quando o cacau é consumido com leite ou se o cacau é ingerido como chocolate ao leite, no entanto, este achado é bastante controverso12,13. Isto se deve ao fato de ocorrer uma interação direta entre o polifenol e a estrutura alimentar, como as proteínas do leite, o que pode impedir a absorção do polifenol.

Portanto, como a meia-vida dos flavanóis dura cerca de duas horas, recomenda-se o consumo de alimentos fontes destes polifenóis de forma regular e frequente para manter alta e constante sua concentração sanguínea14.

Chocolate e saúde cardiovascular 

O cacau, dos alimentos ricos em flavonóides, é o que apresenta maior capacidade antioxidante e teor de flavonóides, quando comparado aos chás e ao vinho tinto15. Por isso, a importância de se estudar os benefícios do chocolate, um produto altamente palatável e consumido, derivado do cacau, na saúde cardiovascular.

Desde a antiguidade, as sementes de cacau já eram utilizadas de forma terapêutica pelos maias e astecas, como estimulante, pomada analgésica, bebida energética, consumida pelos guerreiros antes das batalhas. Os incas consideravam a bebida à base de cacau, como uma bebida dos deuses, uma associação que deu origem ao nome científico do cacaueiro, Theobroma cacao, das palavras gregastheo (Deus) e broma (bebida)3.

A primeira indicação do uso terapêutico do cacau data de 1600 aC. Já as primeiras evidências epidemiológicas com relação ao efeito do cacau foram observadas nos índios kuna, uma população nativa de ilhas da costa do Panamá. Os índios desta região apresentam baixa incidência de HAS, apesar do envelhecimento. Interessantemente, estes índios consomem diariamente grandes quantidades de cacau, apesar de apresentarem uma dieta rica em sal (cloreto de sódio). Além disso, apresentam menor taxa de mortalidade por doença cardiovascular, quando comparados com outros cidadãos pan-americanos. Os fatores envolvidos são claramente ambientais, mais do que fatores genéticos, pois os índios que migraram para a parte urbana da cidade do Panamá perderam esta proteção, pois consomem menos cacau, em troca de outros alimentos com menor teor de flavonóides16.

Um estudo prospectivo com mulheres no período da menopausa, sem diagnóstico de doenças cardiovasculares (Iowa Women's Health Study), com 16 anos de seguimento, mostrou redução do risco de morte por doenças cardiovasculares associado ao alto consumo de alimentos ricos em flavonóides17.

No Zutphen Elderly Study, realizado na Holanda, envolvendo homens idosos, saudáveis, mostrou-se redução da mortalidade por doença cardiovascular e por todas as outras causas no grupo com maior ingestão de cacau18.

O chocolate tem mostrado, segundo pesquisas recentes, exercer um efeito benéfico sobre a saúde cardiovascular. Este efeito pode ser exercido de diversas maneiras: melhorando função plaquetária e sensibilidade à insulina, controlando pressão arterial, reduzindo agregação plaquetária e atuando no sistema antioxidante 3,19-21(Fig.1).
Figura 1: Efeitos relevantes à saúde proporcionados pelas epicatequinas.

No que diz respeito ao endotélio, pesquisas mostram que os polifenóis do chocolate, mais precisamente a epicatequina, seriam capazes de estimular a óxido nítrico-sintase endotelial (e-NOS), com consequente aumento da liberação de óxido nítrico (NO). Além de, in vitro, ter mostrado ser capaz também de inibir atividade da enzima arginase, levando à maior disponibilidade de arginina, que é um aminoácido precursor da síntese de NO. Uma vez que a disponibilidade de NO é aumentada, ocorrerá uma tendência à vasodilatação22.

A atividade da enzima conversora de angiotensina (ECA) também tem sido motivo de investigação, por poder ser inibida diretamente por estes polifenóis. Esta enzima está envolvida no controle da pressão arterial, atuando na conversão de angiotensina I em angiotensina II, um potente peptídeo vasopressor23.

Evidências experimentais, tanto in vivo quanto in vitro, vêm mostrando que os flavonóides e os alimentos ricos em flavanóis, podem potencialmente reduzir pressão arterial, pelos mecanismos explicados acima.

O efeito dos alimentos fontes de flavanóis, especialmente o cacau e seus derivados como o chocolate, na produção de óxido nítrico e na pressão arterial foi avaliado numa revisão publicada no ano corrente e mostrou que estes alimentos têm reduzido pressão arterial tanto em humanos quanto em animais e este efeito poderia estar relacionado à manutenção de níveis ótimos de óxido nítrico e com a redução da produção de ânion superóxido na parede vascular24.

No quadro abaixo, estão listados alguns estudos realizados com chocolate e seus resultados (Quadro.2). No entanto, apesar de ser um alimento que vem despertando interesse científico por seu efeito na pressão arterial e na saúde cardiovascular de um modo geral, seu consumo deve ser recomendado com cautela, pois além de veicular os flavonóides, responsáveis por seus efeitos benéficos, também veicula uma grande quantidade de energia, o que poderia contribuir para o ganho de peso.
Além disso, o tipo de chocolate avaliado nos estudos que demonstraram efeitos positivos na saúde cardiovascular são os que apresentam um percentual de cacau mais elevado, e a quantidade a ser recomendada ainda não está bem estabelecida, os estudos variam muito em torno de 6g a 100g de chocolate por dia. 

REFERÊNCIAS

1. Van Horn L, McCoin M, Kris-Etherton PM, et al. The evidence for dietary prevention and treatment of cardiovascular disease. J Am Diet Assoe. 2008;108(2):287-331.

2. Keen CL. Chocolate: food as medicine/medicine as food. J Am CoIl Nutr. 2001;20(5 Suppl):436S-439S; discussion 440S-442S.

3. Corti R, Flammer AJ, Hollenberg NK, et al. Cocoa and cardiovascular health. Circulation. 2009;119(10):1433-1441.

4. Corti R, Perdrix J, Flammer AJ, et al. [Dark ar white chocolate? Cocoa and cardiovascular health]. Rev Med Suisse. 2010;6(239):499-500,502-494.

5. Buzalaf MA, Granjeiro JM, Cardoso VE, et al. Fluarine content of several brands of chocolate bars and chocolate cookies found in Brazil. Pesqui Odontol Bras. 2003;17(3):223-227.

6. Manach C, Scalbert A, Morand C, et al. Polyphenols: food sources and bioavailability. Am J Clin Nutr. 2004;79(5):727-747.

7. Arts IC, van De Putte B, Hollman PC. Catechin contents of foods corrunonly consumed in The Netherlands. 2. Tea, wine, fruit juices, and chocolate milk. J Agric Food Chem. 2000;48(5):1752-1757.

8. Miller KB, Stuart DA, Smith NL, et al. Antioxidant activity and polyphenol and procyanidin contents of selected corrunercially available cocoa-containing and chocolate products in the United States. J Agric Food Chem. 2006;54(11):4062-4068.

9. Arts IC, Hollman PC, Kromhout D. Chocolate as a source of tea flavonoids. Lancet. 1999;354(9177):488.

10. Rein D, Lotito S, Holt RR, et al. Epicatechin in hwnan plasma: in vivo detennination and effect of chocolate consumption on plasma oxidation status. J Nutr. 2000;130(85 Suppl):2109S-2114S.

11. Rimbach G, Melchin M, Moehring J, et al. Polyphenols from cocoa and vascular health-a critical review. lnt J Mol Sei. 2009;10(10):4290-4309.

12. Roura E, Andres-Lacueva C, Estruch R, et al. Milk does not affect the bioavailability of cocoa powder flavonoid inhealthy hwnan. Ann Nutr Metab.2007;51(6):493-498.

13. Schroeter H, Holt RR, Orozco TJ, et al. Nuhition: milk and absorption of dietary flavanols. Nature. 2003;426(6968):787-788; discussion 788.

14. Richelle M, Tavazzi I, Enslen M, et al. Plasma kinetics in man of epicatechin from black chocolate. Eur Clin Nutr. 1999;53(1):22-26.

15. Lee KW, Kim YJ, Lee HJ, et al. Cocoa has more phenolic phytochemicals and a higher antioxidant capacity than teas and red wine. J Agric Food Chem. 2003;51(25):7292-7295.

16. Hollenberg NK, Martinez G, McCullough M, et al. Aging, acculturation, salt intake, and hypertension in the Kuna of Panama. Hypertension. 1997;29(1 Pt 2):171-176.

17. Mink PJ, Scrafford CG, Barraj Uv:1, et al. Flavonoid intake and cardiovascular disease mortality: a prospective study in postmenopausal women. Am J Clin Nutr. 2007;85(3):895-909.

18. Buijsse B, Weikert C, Drogan D, et al. Chocolate conswnption in relation to blood pressure and risk of cardiovascular disease in Gennan adults. Em Heart J. 2010;31(13):1616-1623.

19. Selmi C, Cocchi CA, Lanfredini M, et al. Chocolate at heart: the anti-inflammatory impact of cocoa flavanols. Mol Nutr Food Res. 2008;52(11):1340-1348.

20. Keen CL, Holt RR, Oteiza PI, et al. Cocoa antioxidants and cardiovascular health. Am J Clin Nutr. 2005;81(1 Suppl):298S-303S.

21. Crozier SJ, Preston AG, Hurst JW, et al. Cacao seeds are a "Super Fruit": A compara tive analysis of various fruit powders and products. Chem Cent J. 2011;5:5.

22. Schnorr O, Brossette T, Morruna TY, et al. Cocoa flavanols lower vascular arginase activity in human endothelial cells in vitro and in erythrocytes in vivo. Arch Biochem Biophys. 2008;476(2):211-215.

23. Actis-Goretta L, Ottaviani JI, Keen CL, et al. Inhibition of angiotensin converting enzyme (ACE) activity by flavan-3-ols and procyanidins. FEBS Lett. 2003;555(3):597-600.

24. Fraga CG, Litterio MC, Prince PD, et al. Cocoa flavanols: effects on vascular nitric oxide and blood pressure. J Clin Biochem Nutr. 2011;48(1):63-67.

25. Taubert D, Berkels R, Roesen R, et al. Chocolate and blood pressure in elderly individuaIs with isolated systolic hypertension. JANIA. 2003;290(8):1029-1030.

26. Engler MB, Engler MM, Chen CY, et al. Flavonoid-rich dark chocolate improves endothelial ftmction and increases plasma epicatechin concentrations in healthy adults. J Am CoIl Nutr. 2004;23(3):197-204.

27. Grassi D, Necozione S, Lippi C, et al. Cocoa reduces blood pressure and insulin resistance and improves endothelium-dependent vasodilation in hypertensives. Hypertension. 2005;46(2):398-405.

28. Flarruner AJ, Hennann F, Sudano I, et al. Dark chocolate improves coronary vasomotion and reduces platelet reactivity. Circulation. 2007;116(21):2376-2382.

29. Grassi D, Desideri G, Necozione S, et al. Blood pressure is reduced and insulin sensitivity increased in glucose-intolerant, hypertensive subjects after 15 days of consuming high-polyphenol dark chocolate. J Nutr. 2008;138(9):1671-1676.

Link:
http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=94

Nenhum comentário:

Postar um comentário