A França reconheceu como uma doença ocupacional (causada por fatores relacionados ao ambiente de trabalho, ndlr) um tipo de câncer do sistema imunológico, o linfoma não-Hodgkin, quando afeta os agricultores expostos a pesticidas no exercício de sua profissão. Matéria daAFP, no Yahoo Notícias.
A exposição pode ser resultado de “manipulação e utilização” dos pesticidas, “contato ou inalação” ou ” contato com culturas, áreas, animais tratados ou manutenção de máquinas para aplicação de pesticidas”, informa o decreto expedido pelo Ministério da Agricultura francês.
“O reconhecimento desta doença permitirá que muitas vítimas consigam (segurança social) obter assistência médica ligada a sua condição e recebam uma indenização”, afirmou em comunicado a associação Phyto-Victimes, que milita pelo reconhecimento do impacto dos pesticidas na saúde.
É uma “nova fase” para “tornar visível o impacto dos pesticidas na saúde dos trabalhadores “, acrescentou a organização.
Em março deste ano, cinco pesticidas, entre eles um dos mais utilizados no mundo, foram qualificados como “possíveis” ou “prováveis” cancerígenos pela agência do câncer da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O glifosato, presente entre outros no Roundup, um dos pesticidas mais vendidos do mundo, e os inseticidas malathion e diazinon foram classificados cancerígenos “prováveis para o homem” pela Agêcia Internacional de Investigação sobre o Câncer (IARC), com sede em Lyon, na França.
Publicado no Portal EcoDebate, 11/06/2015
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