O trabalho, desenvolvido por um pesquisador da Universidade de Granada, na Espanha, foi publicado online em 15 de agosto do Journal of Clinical Nursing.
De acordo com os cientistas, fumar cancelou os benefícios da amamentação, mas não havia uma década de diferença entre pacientes fumante e não-fumantes no diagnóstico do câncer de mama, dependendo de quanto tempo as mulheres amamentaram.
A equipe analisou os registros médicos de mais de 500 mulheres, com idades entre 19 e 91 anos, que haviam sido diagnosticadas e tratadas do câncer de mama entre 2004 e 2009 em um hospital universitário da cidade de Granada.
As não-fumantes que não amamentaram ou o fizeram por menos de três meses receberam o diagnóstico de câncer aos 58 anos em média, enquanto as mulheres que não fumavam e amamentaram por mais de seis meses foram diagnosticadas com uma idade média de 68 anos.
Aquelas que amamentaram mais de seis meses, mas fumavam, foram diagnosticadas aos 47 anos em média.
Os pesquisadores descobriram uma associação entre amamentação e idade de diagnóstico de câncer, mas não é possível provar uma relação de causa e efeito ? são necessários mais e maiores estudos.
Em uma revisão, o risco de câncer de mama diminuiu cerca de 4% por cada 12 meses de amamentação, seja do mesmo filho ou em mais de um, afirmam os autores.
Acabe com suas dúvidas sobre amamentação
Por que o leite empedra? Sentir dores no peito, durante a amamentação, é normal? Tomar cerveja ajuda a produzir mais leite? Essas e muitas outras dúvidas assolam muitas mães, principalmente as de primeira viagem.
Se esse é o seu caso, não deixe de ler o nosso dossiê completo sobre amamentação. Com a a ajuda da consultora internacional em aleitamento, Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos, respondemos essas e muitas outras dúvidas para você alimentar seu filho com toda a tranquilidade que você e ele merecem.
Tenho pouco leite. E agora?
Quanto mais o pequeno suga ou a mama é ordenhada, maior é a produção do leite. Ou seja: se ele mamar mais, mais leite você vai ter. Outra opção para estimular a produção é tirar o leite você mesma, com as mãos ou com o auxílio de uma bombinha. Você pode guardá-lo no congelador para oferecer mais tarde ou doar a um banco de leite, que dispõe do alimento para outras mães.
Tomar caldo de cana e cerveja preta dá mais leite?
Não há comprovação científica. Alguns alimentos são chamados de galactogogos porque ajudariam a aumentar a produção de leite, como chá de erva-doce, caldo de cana e cerveja preta.
Mas, atenção: o álcool, presente na cerveja, diminui a produção de leite, assim como a nicotina do cigarro e alguns medicamentos.
O volume de leite também reduz se a criança mama menos ou se você estiver estressada e angustiada. Para ter sempre muito leite, mantenha uma dieta equilibrada e beba muito líquido, que pode ser água, chá, caldo de cana ou sucos.
Lembre-se de que o corpo usa suas reservas de energia e nutrientes para produzir leite, por isso estar bem alimentada é fundamental. Na medida do possível, tente descansar e se preocupar menos.
E deixe seu filho mamar à vontade esse é o estimulante mais poderoso. Na dúvida, fale com o médico que, em último caso, poderá receitar medicamentos que ajudam a aumentar a produção de leite.
Acho que meu leite é fraco. Preciso complementar a alimentação do bebê?
Não existe leite fraco. Realmente, o leite materno não tem a mesma consistência do de vaca, por exemplo, que é bem mais grosso. Mas essa aparência aguada não quer dizer menos nutrição.
Se você mantém uma dieta equilibrada e oferece o peito sempre que o bebê pede, vai produzir leite de qualidade, na quantidade certa, e não precisa complementar a dieta do pequeno com nada.
Se, apesar de mamar, o bebê não está ganhando peso ou parece insatisfeito, chorando muito, converse com o pediatra para descobrir a origem do problema.
É verdade que algumas comidas mudam o sabor do leite?
Sim. Alho, cebola, pimenta e alimentos muito condimentados mudam o sabor do leite. Mas não precisa eliminá-los da dieta. É só evitar os excessos.
Meu peito vai ficar caído ou menor se eu amamentar?
O que acontece é que, durante os meses da gravidez e da amamentação, os seios aumentam muito de volume seu sutiã pode crescer até três números. Se você tem tendência a ter flacidez, ou se ganhar muitas estrias no período, quando deixar de amamentar pode ficar com a pele caída.
Além disso, os seios vão diminuir consideravelmente de tamanho, já que não estarão mais cheios de leite. Acostumada ao peitão, você pode mesmo sentir que eles estão menores, quando estarão apenas do tamanho normal.
Mas nada disso é desculpa para não amamentar! Para prevenir flacidez e estrias, capriche na hidratação desde a gravidez, usando cremes específicos e se lembrando sempre de lavar os seios antes de amamentar, para o bebê não comer o hidratante. E trate de usar bons sutiãs de sustentação, com alças largas, aros e bojos firmes.
Meu leite empedrou. O que eu faço?
O nome correto para o chamado leite empedrado é ingurgitamento mamário, quando a bebida fica presa na mama por causa da sucção inadequada ou do esvaziamento incompleto do peito. Isso deixa os seios rígidos, pode causar muita dor e até febre.
Se não for tratado logo, o problema pode evoluir para uma mastite, como é chamada a inflamação da mama, que deixa os seios quentes, vermelhos, doloridos e, às vezes, com pus.
Mas a prevenção e o tratamento, nos dois casos, é simples: basta deixar que o bebê mame bastante, para esvaziar o peito, ou fazer uma ordenha manual, retirando o leite com as mãos.
Meu filho não gosta de mamar e, agora, meu leite está secando.
Essa é a desculpa número um para muitas mulheres deixarem de amamentar. Na maioria das vezes, a rejeição da criança acontece porque a mãe andou oferecendo ao bebê mamadeira, bicos e chupetas.
Eles confundem a criança, que desaprende a mamar no peito, pois é um exercício mais difícil do que chupar mamadeira.
Por isso, esses acessórios devem ser evitados a todo custo nos primeiros seis meses. Todos são extremamente prejudiciais à amamentação.
Causam confusão de bicos, má formação da arcada dentária e infecções, entre outros problemas , alerta Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos, consultora internacional em aleitamento materno.
Se o bebê mama menos, a mãe produz menos leite até que ele realmente pode secar. A solução é eliminar tudo que atrapalhe a amamentação.
Se precisar oferecer algo a seu filho, dispense a mamadeira e prefira usar uma colher própria para bebês.
Tenho rachaduras no peito que provocam dor.
As fissuras no bico do peito são comuns no primeiro mês, especialmente entre mães de primeira viagem.
A pele da aréola é muito fina e sensível e os fortes movimentos de sucção do bebê podem causar rachaduras e muita dor.
Para prevenir, trate de engrossar a pele da região tomando banhos de sol, usando buchas e deixando os seios descobertos por quanto tempo você puder.
O próprio leite ajuda a cicatrizar, basta espalhá-lo por cima das rachaduras.
Em casos graves, o médico pode recomendar uma pomada cicatrizante. Mas lembre-se de lavar o bico do peito sempre que for amamentar, para o bebê não ingerir o remédio.
A posição de mamar do bebê também pode estar incorreta, o que vai causar mais dor. Fique de olho na postura certa.
O jeito certo de mamar
Por instinto, os bebês já sabem como executar os movimentos da mamada. Mas você pode ajudá-lo, posicionando o pequenino do jeitinho certo.
Além de facilitar a mamada para ele que, se não conseguir mamar, pode ficar irritado e rejeitar o peito, você previne problemas como o empedramento e as rachaduras.
(1). O queixo do bebê deve tocar a mama;
(2). Ele deve estar com a boca bem aberta;
(3). O lábio inferior deve ficar virado para baixo;
(4). As bochechas devem estar bem arredondadas (não encovadas) ou achatadas contra as mamas;
(5). Durante a mamada, vê-se mais a porção da aréola superior do que a inferior;
(6). A mama deve parecer arredondada, não repuxada.
(7). As sucções são lentas e profundas: o bebê suga, dá uma pausa e suga novamente (sucção, deglutição e respiração);
(8). A mãe deve conseguir ouvir o bebê deglutindo.
Fonte: Minha Vida
Data: 11.09.2013
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