quarta-feira, 13 de março de 2013

Análise dos teores de importância nutricional das espécies espontâneas comestíveis da família Asteraceae

Artigo publicado na Revista Nutrire (v.4, p.464, 2009)


Autores:
Batista, Mariana G. D.; Alves, Gisele L.; Bastos, Deborah H. M.; Furlan, Marcos R.

Resumo

Introdução: As plantas são utilizadas pelo homem há muito tempo, e o seu uso influenciou a cultura e a sobrevivência da humanidade. Ao longo dos tempos muitas espécies desapareceram ou foram substituídas, levando a perda de informações. De acordo com a FAO (1999), desde os anos 1900, 75% da diversidade de plantas se perdeu, atribuindo essa porcentagem aos agricultores que abandonaram variedades locais por variedades de alto rendimento. Essa substituição é conhecida como erosão genética das culturas, ou seja, valores e conhecimento local substituídos por variedades mais comerciais. O Brasil conta com uma biodiversidade de alimentos e plantas suficientes para suprir as necessidades nutricionais. Apesar de espécies espontâneas serem consumidas como alimento pela população brasileira, em algumas regiões ainda são consideradas “matos”, e são raras as pesquisas sobre os valores nutricionais. Objetivos: Analisar características físicas e químicas relacionadas com o valor nutricional e o potencial como alimento de cinco espécies espontâneas encontradas no Brasil da família Asteraceae. Metodologia: As espécies escolhidas são: Spilanthes sp; Sonchus oleraceus L.; Emilia Sonchifolia L.; Taraxacum officinalis W.; e Bidens pilosa L. Os métodos adotados foram: Gordura determinada por Bligh-Dyer; Umidade determinada por secagem em estufa; Proteína determinada por Kjeldahl; Vitamina C determinada por Tillmans; pH e acidez determinados em pHmetro; Fósforo determinado por espectrofotômetro; Potássio e sódio determinados por fotômetro de chama; e Cálcio, magnésio, ferro, manganês, e zinco determinados por espectrofotômetro de absorção atômica. Resultados: Para pH e acidez observamos valores esperados para espécies vegetais. Nas análises de gordura destaca-se a serralha por possuir maior porcentagem entre as amostras. Nas análises de proteína, serralha obteve maior valor em relação a outras espécies, superando espécies como beterraba e agrião. Para vitamina C, picão-preto apresentou maior valor superando espécies como tomate. Nas análises de minerais e eletrólitos as espécies superam hortaliças como cenoura e couve. Os valores obtidos mostram que as espécies analisadas são boas fontes de nutrientes. Conclusão: As espécies avaliadas podem contribuir na alimentação, principalmente por possuírem bons teores de minerais e vitamina C e em alguns casos superiores às hortaliças convencionais. Elas podem contribuir positivamente para a saúde do ser humano, quando incluídas em uma alimentação equilibrada e variada.

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