Ativistas dos animais comemoram última fase da interdição da venda na UE de cosméticos testados em cobaias. Comissário: substituição por métodos alternativos não é possível. Decisão do Parlamento Europeu data de 2003.
A partir desta segunda-feira (11/03) não será mais permitida a comercialização na União Europeia de cosméticos que tenham sido testados em animais. A regra se aplica não apenas aos produtos fabricados no continente, mas também aos importados, e marca a última etapa da proibição gradual dos testes de ingredientes cosméticos em animais.
As restrições foram aprovadas pelo Parlamento Europeu em 2003 e começaram a entrar em efeito no ano seguinte, com a proibição de testes de cosméticos prontos em cobaias. Desde 2009 a comercialização de produtos assim testados está proibida, mas ainda era possível importá-los de outras partes do mundo. Agora a interdição vale também para cosméticos vindos de países não-europeus.
Parlamento Europeu aprovou proibição dos testes em 2003
A Associação Alemã de Proteção aos Animais comemorou a medida. “A indústria teve tempo suficiente para buscar métodos alternativos de testar seus produtos, antes de comercializá-los”, afirmou a vice-presidente da associação, Brigitte Rusche. Assim sendo, “era apenas lógico que a comercialização desses produtos chegasse ao fim”. Sua organização vem lutando desde os anos 70 para erradicar os testes em animais da produção de cosméticos.
Exemplo europeu para o mundo
O diretor do grupo europeu de defesa dos animais Eurogroup for Animals, Reineke Hameleers, descreveu a proibição como “um sucesso”. Ele considera, no entanto, que o trabalho não está ainda terminado, e conclama outros países como os Estados Unidos e a China a seguirem o exemplo da UE. Além disso, a Comissão Européia e a indústria devem continuar a investir na busca por alternativas aos testes de animais, ressalta Hameleers.
Tonio Borg, comissário europeu para Saúde e Defesa do Consumidor, explica que a comissão “se compromete a seguir apoiando o desenvolvimento de métodos de teste alternativos, e insta os demais países a adotar o nosso modelo europeu”. Borg afirma que a UE continuará a buscar alternativas, “pois até o momento ainda não é possível a total substituição dos testes em animais por métodos alternativos”.
RC/dpa/afp
Revisão: Augusto Valente
Matéria da Agência Deutsche Welle, DW, publicada pelo EcoDebate, 13/03/2013
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