06/03/2013
Redação do Diário da Saúde
Depressão alastrante
Pesquisadores descobriram uma sequência de eventos no cérebro que pode ajudar a explicar como surge a enxaqueca.
Hulya Karatas e seus colegas da Universidade Hacettepe (Turquia) monitoraram o cérebro de voluntários para descobrir como uma atividade cerebral normal se transforma na terrível sensação de dor que é a marca registrada da enxaqueca.
A origem e o desenvolvimento da enxaqueca são fenômenos ainda pouco compreendidos.
Um possível ponto de partida da chamada aura da enxaqueca - o tipo de enxaqueca com dores mais fortes - é conhecido como depressão alastrante.
Trata-se de uma onda de ativação dos neurônios que começa lentamente, mas que leva a uma verdadeira disparada de íons carregados eletricamente, criando uma "tempestade" nos neurônios que pode ser vista por meio de imageamento médico durante as crises de enxaqueca.
Nervo trigêmeo
Karatas agora desvendou o caminho molecular que traduz o sinal neural de uma onda de depressão alastrante na liberação de proteínas pró-inflamatórias.
São essas proteínas que ativam as terminações nervosas do nervo trigêmeo, que é responsável pelas sensações no rosto e na boca.
Esse mecanismo, dizem os pesquisadores, pode ser a via de comunicação que cria a dor de cabeça quando os neurônios estão estressados e a depressão alastrante começa.
Segundo a equipe, conhecendo o mecanismo, torna-se possível desenvolver medicamentos que interrompam a cascata de eventos inflamatórios antes que ela ative o nervo trigêmeo.
O estudo foi publicado na revista Science.
Conhecendo o mecanismo, torna-se possível desenvolver medicamentos que interrompam a cascata de eventos inflamatórios antes que ela ative o nervo trigêmeo.[Imagem: Karatas et al./Science]
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