O objetivo é evitar óleo residual de fritura nas lagoas e retirar acima de 12000L de óleo ate o fim do ano e dar o destino correto para reciclagem
ZerÓleo
O que fazer com o óleo usado em casa ou nas cozinhas de restaurantes? É esta pergunta que a ONG Lagoa Viva busca responder com o projeto ZerÓleo, que teve a sua 2ª fase implantada no sábado (22/02), nas Ilhas da Gigóia e Primeira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. As duas ilhas ganharam pontos de coleta de óleo residual de fritura. A iniciativa é uma parceria entre a ONG Lagoa Viva e o Consórcio Construtor Rio Barra – responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô (Barra-Ipanema). Além de contribuir para evitar o despejo de óleo na lagoa, a novidade destinará o produto à reciclagem.
São dois pontos de coleta na Ilha da Gigóia, onde há pelo menos mil domicílios e cerca de 4 mil moradores, além dos restaurantes. E um já na Ilha Primeira, com 300 residências. Os ecopontos têm capacidade para mil litros e ficarão em locais de fácil acesso, permitindo que os próprios moradores levem o óleo das frituras armazenado em garrafas pet, para despejar nesses recipientes. Um voluntário vai recolher o óleo para reciclagem em estabelecimentos comerciais. Assim que estiverem cheios, os ecopontos serão substituídos e o material coletado será encaminhado a empresas devidamente credenciadas nos órgãos competentes para reciclagem.
Segundo o presidente da ONG Lagoa Viva, Donato Velloso, a expectativa do projeto é coletar, nas duas ilhas, e reciclar cerca de 10 mil litros de óleo vegetal neste ano. Ainda de acordo com a ONG, cada litro de óleo nos rios e lagoas polui cerca de 1 milhão de litros de água. “Quando eliminam o óleo diretamente no ralo da pia, no lixo ou no solo, ele chega às lagoas e rios e não se desfaz na superfície da água, impactando na respiração dos peixes e na entrada de luz no ambiente aquático”, disse.
Com a implantação dessa 2ª fase do projeto, Donato espera uma participação mais ampla dos moradores e empresários. “Além dos ecopontos principais, vamos distribuir galões menores nos condomínios, restaurantes e pousadas. Esses locais vão recolher em quantidades menores, e em seguida poderão despejar tudo nesses recipientes maiores. A aceitação da população foi enorme, e o empresariado está sendo bastante receptivo com o projeto”, conta.
Para o presidente da Associação de Moradores e Amigos da Ilha Gigóia e Co-Irmãs (Amaigc) e morador da região há 16 anos, Fernando Mendes, a instalação dos pontos de coleta na ilha é uma iniciativa que evitará o descarte do óleo de cozinha na rede de esgoto e no meio ambiente. “Eu ter onde despejar o óleo é ótimo. Eu tenho um restaurante aqui e antes dependia de um sistema de coleta que não era regular, hoje posso ter esse ecoponto na minha porta e me livra de consciência de estar poluindo um local onde eu vivo e trabalho. Todas essas iniciativas nessa direção são sempre muito válidas e bem-vindas”, diz.
Fernando, que é dono de um restaurante no local, acumula a cada 20 dias cerca 300 litros de material, que antes era descartado de forma irregular. “A Ilha, de um modo geral, nunca teve um sistema regular de coleta. A Comlurb executa um trabalho muito bom e ajuda, mas a própria empresa não tem um esquema de separação dos resíduos. Agora que ela está começando a separar tudo pela cidade, mas aqui é tudo complicado porque precisa sair de barco. Desde que o Lagoa Viva veio pra cá com a iniciativa focada, há cinco anos, a conscientização tem melhorado muito”, complementa.
Nos próximos meses a organização do projeto ZerÓleo pretende realizar uma ação mais eficaz de mobilização dos moradores e administradores de restaurantes das duas ilhas, onde serão apresentadas palestras de conscientização com distribuição de panfletos e a instalação de mais ecopontos à beira das lagoas da Barra.
Para Lúcio Silvestre, diretor de contrato do Consórcio Construtor Rio Barra e parceiro da iniciativa, essa campanha de preservação das lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá é de extrema importância não só para um resultado imediato, ela se mostra cada vez mais necessária a longo prazo. “Aderimos ao projeto por ele estar alinhado aos valores do Consórcio, que trabalha para construir o metrô, meio de transporte de massa mais ecologicamente correto, com a preocupação de minimizar o impacto das obras para o meio ambiente. Além do ZerÓleo, temos ações de tratamento e reaproveitamento de água nos canteiros de obras que já reutilizaram mais de 118 milhões de litros; projetos de preservação da fauna e flora, monitoramento da qualidade do ar e controle de ruídos, entre outros”, declarou.
Em 2012, 3 mil litros de óleo foram coletados no projeto.
Fotos: Wanderson Awlis/Portal AIB News
Matéria da AIBNews, reproduzida pelo EcoDebate, 26/02/2014
Link:
http://www.ecodebate.com.br/2014/02/26/lagoa-viva-instala-ecopontos-para-coleta-de-oleo-residual-de-fritura-em-ilhas-da-barra-da-tijuca-rj/
ZerÓleo
O que fazer com o óleo usado em casa ou nas cozinhas de restaurantes? É esta pergunta que a ONG Lagoa Viva busca responder com o projeto ZerÓleo, que teve a sua 2ª fase implantada no sábado (22/02), nas Ilhas da Gigóia e Primeira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. As duas ilhas ganharam pontos de coleta de óleo residual de fritura. A iniciativa é uma parceria entre a ONG Lagoa Viva e o Consórcio Construtor Rio Barra – responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô (Barra-Ipanema). Além de contribuir para evitar o despejo de óleo na lagoa, a novidade destinará o produto à reciclagem.
São dois pontos de coleta na Ilha da Gigóia, onde há pelo menos mil domicílios e cerca de 4 mil moradores, além dos restaurantes. E um já na Ilha Primeira, com 300 residências. Os ecopontos têm capacidade para mil litros e ficarão em locais de fácil acesso, permitindo que os próprios moradores levem o óleo das frituras armazenado em garrafas pet, para despejar nesses recipientes. Um voluntário vai recolher o óleo para reciclagem em estabelecimentos comerciais. Assim que estiverem cheios, os ecopontos serão substituídos e o material coletado será encaminhado a empresas devidamente credenciadas nos órgãos competentes para reciclagem.
Segundo o presidente da ONG Lagoa Viva, Donato Velloso, a expectativa do projeto é coletar, nas duas ilhas, e reciclar cerca de 10 mil litros de óleo vegetal neste ano. Ainda de acordo com a ONG, cada litro de óleo nos rios e lagoas polui cerca de 1 milhão de litros de água. “Quando eliminam o óleo diretamente no ralo da pia, no lixo ou no solo, ele chega às lagoas e rios e não se desfaz na superfície da água, impactando na respiração dos peixes e na entrada de luz no ambiente aquático”, disse.
Com a implantação dessa 2ª fase do projeto, Donato espera uma participação mais ampla dos moradores e empresários. “Além dos ecopontos principais, vamos distribuir galões menores nos condomínios, restaurantes e pousadas. Esses locais vão recolher em quantidades menores, e em seguida poderão despejar tudo nesses recipientes maiores. A aceitação da população foi enorme, e o empresariado está sendo bastante receptivo com o projeto”, conta.
Para o presidente da Associação de Moradores e Amigos da Ilha Gigóia e Co-Irmãs (Amaigc) e morador da região há 16 anos, Fernando Mendes, a instalação dos pontos de coleta na ilha é uma iniciativa que evitará o descarte do óleo de cozinha na rede de esgoto e no meio ambiente. “Eu ter onde despejar o óleo é ótimo. Eu tenho um restaurante aqui e antes dependia de um sistema de coleta que não era regular, hoje posso ter esse ecoponto na minha porta e me livra de consciência de estar poluindo um local onde eu vivo e trabalho. Todas essas iniciativas nessa direção são sempre muito válidas e bem-vindas”, diz.
Fernando, que é dono de um restaurante no local, acumula a cada 20 dias cerca 300 litros de material, que antes era descartado de forma irregular. “A Ilha, de um modo geral, nunca teve um sistema regular de coleta. A Comlurb executa um trabalho muito bom e ajuda, mas a própria empresa não tem um esquema de separação dos resíduos. Agora que ela está começando a separar tudo pela cidade, mas aqui é tudo complicado porque precisa sair de barco. Desde que o Lagoa Viva veio pra cá com a iniciativa focada, há cinco anos, a conscientização tem melhorado muito”, complementa.
Nos próximos meses a organização do projeto ZerÓleo pretende realizar uma ação mais eficaz de mobilização dos moradores e administradores de restaurantes das duas ilhas, onde serão apresentadas palestras de conscientização com distribuição de panfletos e a instalação de mais ecopontos à beira das lagoas da Barra.
Para Lúcio Silvestre, diretor de contrato do Consórcio Construtor Rio Barra e parceiro da iniciativa, essa campanha de preservação das lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá é de extrema importância não só para um resultado imediato, ela se mostra cada vez mais necessária a longo prazo. “Aderimos ao projeto por ele estar alinhado aos valores do Consórcio, que trabalha para construir o metrô, meio de transporte de massa mais ecologicamente correto, com a preocupação de minimizar o impacto das obras para o meio ambiente. Além do ZerÓleo, temos ações de tratamento e reaproveitamento de água nos canteiros de obras que já reutilizaram mais de 118 milhões de litros; projetos de preservação da fauna e flora, monitoramento da qualidade do ar e controle de ruídos, entre outros”, declarou.
Em 2012, 3 mil litros de óleo foram coletados no projeto.
Fotos: Wanderson Awlis/Portal AIB News
Matéria da AIBNews, reproduzida pelo EcoDebate, 26/02/2014
Link:
http://www.ecodebate.com.br/2014/02/26/lagoa-viva-instala-ecopontos-para-coleta-de-oleo-residual-de-fritura-em-ilhas-da-barra-da-tijuca-rj/
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