20-Fev-2014
Fernanda Mafia
A preservação do conhecimento tradicional sobre a vegetação do distrito ouro-pretano São Bartolomeu é tema da dissertação de mestrado defendida recentemente pela aluna Amanda Prado no Programa de Pós-graduação em Ecologia de Biomas Tropicais da UFOP. A pesquisa teve a finalidade de catalogar as plantas utilizadas pelos moradores do local e, assim, fazer com que esse saber não se perca com o tempo. Além disso, a pesquisadora buscou obter informações sobre a forma de uso e outras características das plantas úteis. A pesquisa foi orientada pela Professora Maria Cristina Teixeira Braga Messias.
São Bartolomeu fica a 15km de Ouro Preto e é conhecido pela tradição na produção de goiabadas, Segundo Amanda, foi escolhido “foi escolhido por se tratar de uma comunidade tradicional, inserida em uma unidade de conservação da natureza, com um historico de uso dos recursos que já passou por mineração, fabricação de carvão e agricultura.”. Ela ainda descreve que, atualmente, os moradores do distrito realizam poucas atividades relacionadas ao uso da flora nativa. “Nota-se que não há condições satisfatórias para a manutenção do conhecimento etnobotânico no local, uma vez que poucos jovens têm contato diário com os recursos”, esclarece.
Amanda também conta que os moradores foram muito receptivos à pesquisa e, entre os mais velhos, já havia a percepção da necessidade da preservação dos recursos: "Eles recordam de um tempo no qual a vida no distrito girava em torno da exploração desses recursos", explica, já que, atualmente, os moradores percebem que usam menos plantas para solucionar problemas diários, o que era comum no passado.
Na foto, uma das entrevistadas para a pesquisa, a raizeira Alaíde do Pilar Louredo, segurando um cacho de gravatá. Foto de Maria Cristina Teixeira Braga Messias
Em relação aos resultados do estudo, a pesquisadora observou que as plantas medicinais formaram a categoria mais citada pelos moradores. Em seguida, as plantas usadas para alimentação. Para Amanda, “isso indica que muitos moradores ainda recorrem aos recursos da floresta para suas necessidades de subsistência”. Ela ainda relata que as mulheres mencionaram com mais frequência as plantas usadas para alimentação e saúde. O resultado deve-se ao histórico papel das mulheres como responsáveis pela família. Já os homens, por exercerem mais trabalhos externos à residência, citaram mais plantas madeireiras.
Fernanda Mafia
A preservação do conhecimento tradicional sobre a vegetação do distrito ouro-pretano São Bartolomeu é tema da dissertação de mestrado defendida recentemente pela aluna Amanda Prado no Programa de Pós-graduação em Ecologia de Biomas Tropicais da UFOP. A pesquisa teve a finalidade de catalogar as plantas utilizadas pelos moradores do local e, assim, fazer com que esse saber não se perca com o tempo. Além disso, a pesquisadora buscou obter informações sobre a forma de uso e outras características das plantas úteis. A pesquisa foi orientada pela Professora Maria Cristina Teixeira Braga Messias.
São Bartolomeu fica a 15km de Ouro Preto e é conhecido pela tradição na produção de goiabadas, Segundo Amanda, foi escolhido “foi escolhido por se tratar de uma comunidade tradicional, inserida em uma unidade de conservação da natureza, com um historico de uso dos recursos que já passou por mineração, fabricação de carvão e agricultura.”. Ela ainda descreve que, atualmente, os moradores do distrito realizam poucas atividades relacionadas ao uso da flora nativa. “Nota-se que não há condições satisfatórias para a manutenção do conhecimento etnobotânico no local, uma vez que poucos jovens têm contato diário com os recursos”, esclarece.
Amanda também conta que os moradores foram muito receptivos à pesquisa e, entre os mais velhos, já havia a percepção da necessidade da preservação dos recursos: "Eles recordam de um tempo no qual a vida no distrito girava em torno da exploração desses recursos", explica, já que, atualmente, os moradores percebem que usam menos plantas para solucionar problemas diários, o que era comum no passado.
Na foto, uma das entrevistadas para a pesquisa, a raizeira Alaíde do Pilar Louredo, segurando um cacho de gravatá. Foto de Maria Cristina Teixeira Braga Messias
Em relação aos resultados do estudo, a pesquisadora observou que as plantas medicinais formaram a categoria mais citada pelos moradores. Em seguida, as plantas usadas para alimentação. Para Amanda, “isso indica que muitos moradores ainda recorrem aos recursos da floresta para suas necessidades de subsistência”. Ela ainda relata que as mulheres mencionaram com mais frequência as plantas usadas para alimentação e saúde. O resultado deve-se ao histórico papel das mulheres como responsáveis pela família. Já os homens, por exercerem mais trabalhos externos à residência, citaram mais plantas madeireiras.
Atualizado em ( 20-Fev-2014 )
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