terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cohousings: espírito de solidariedade e respeito ao meio ambiente

Do site: 

Publicado em 22/10/2013
É quase um condomínio, no qual cada família tem seu espaço privativo. A diferença está na possibilidade de reduzir o tamanho das casas ou dos apartamentos em troca de ambientes usados por todos. Um exemplo é a lavanderia comunitária, em que três ou quatro máquinas de lavar resolvem a demanda de dez ou mais grupos. Nas cohousings – que surgiram na Dinamarca nos anos 70 e hoje são comuns principalmente na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá –, é assim também com a biblioteca, a horta, a oficina, a brinquedoteca, o refeitório, a sala de TV e, em alguns casos, até os carros.

“Compartilhar diminui o consumo e o impacto ambiental, além de facilitar o dia a dia dos moradores, que ganham qualidade de vida, com menos necessidade de trabalho e dinheiro”, afirma o arquiteto Rodrigo Munhoz, do escritório Guaxo Projetos Sustentáveis, de Piracicaba, SP. “Desse modo, as pessoas se sentem mais seguras, num clima de vida no interior, embora tenham acesso a tudo o que a cidade grande oferece”, completa Munhoz, que está formando um grupo para criar em sua cidade a primeira cohousing brasileira, com habitações sustentáveis, princípios de boa vizinhança e cotidiano menos custoso.

Uma outra forte característica das cohousings é seu desenho arquitetônico. Por isso, normalmente, elas nascem do zero, com os futuros proprietários dando palpites em todos os estágios de sua construção – do desenho da planta aos materiais que serão usados.
Inspire-se e conheça mais sobre os princípios das cohousings:

Arquitetura que une

A disposição das casas é planejada para fortalecer a proximidade entre os moradores. Em geral, são construídas de 20 a 40 residências, umas de frente para as outras, com jardins e áreas de lazer entre elas.

Casa própria 

Cada família vive com privacidade em sua própria casa, mas convive com toda a comunidade, por exemplo, na hora das refeições, feitas na cozinha coletiva.

Vida comunitária 

A chamada common house possui uma ampla cozinha, sala de jantar, lavanderia, biblioteca, sala de ginástica, oficina de artes e espaço de lazer, tudo coletivo.

Divisão de trabalho 

Os moradores dividem tarefas, como o cuidado com hortas e jardins e a varrição das calçadas. Em uma oficina coletiva, ficam os equipamentos para essas atividades.

Respeito ao meio ambiente 

Os moradores utilizam transportes alternativos. Os espaços ao ar livre são pensados para os pedestres. O estacionamento fica em uma área periférica.

Colaboração 

É comum os carros e as bicicletas serem compartilhados e os pais fazerem um rodízio para levar e buscar as crianças na escola. As decisões sobre a comunidade são tomadas por todos, sem hierarquia.

Tomara que a moda pegue aqui no Brasil!
Conheça o blog Design Compartilhado de espaços mais Sustentáveis, um grupo em formação com interessados em construir conhecimento em design de espaços sustentáveis.

Fonte: Casa.com.br e Planeta Sustentável / Fotos: Divulgação

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